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Bem-estar económico dos portugueses aproxima-se da média europeia mas não larga a cauda do euro

Dois indicadores revelados pelo INE mostram que Portugal encurtou a distância face à média da UE tanto no bem-estar da população como na atividade económica. No entanto, o país continua nos últimos lugares entre os membros do euro.

pessoas lisboa ponte 25 de abril
pessoas lisboa ponte 25 de abril Bruno Simão
15 de Dezembro de 2020 às 11:16

O bem-estar económico das famílias portuguesas em relação à média da União Europeia melhorou no ano passado, permanecendo, porém, entre os piores dos parceiros da Zona Euro.

Tendo em conta os dados sobre a Despesa de Consumo Individual per capita (DCIpc), medidos em paridades de poder de compra – um indicador que reflete o bem-estar das famílias – Portugal situou-se, em 2019, em 86,2% da média da UE. Em 2017 estava em 83,4% e, em 2018, em 85,1%, pelo que o bem-estar relativo dos portugueses voltou a melhorar no ano passado face aos concidadãos europeus.

No entanto, olhando para o conjunto dos 19 membros da Zona Euro, Portugal continua a ocupar uma das últimas posições, fixando-se no 13.º lugar da lista, à frente apenas da Estónia, Letónia, Malta, Eslováquia, Eslovénia e Grécia. Esta lista é encabeçada pelo Luxemburgo, onde o bem-estar económico da população é equivalente a 134,6% da média da União Europeia.

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Bem-estar económico dos portugueses aproxima-se da média europeia mas não larga a cauda do euro

Os dados que são compilados e tratados pelo Eurostat, e que o Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulga, mostram que além do indicador de bem-estar das famílias, também o indicador de atividade económica, o PIB per capita, português melhorou face à média dos parceiros da UE.

A subida foi de 0,9% face a 2018, passando este indicador a situar-se em 79,2% da média da UE. Significa isto que o PIB per capita de Portugal ficou cerca de um quinto abaixo da média europeia, e no 16.º lugar da lista dos 19 países da moeda única: abaixo da Estónia (83,8), da Lituânia (83,5) e à frente da Eslováquia (68,2), Letónia (69,1) e Grécia (66,5).

Também aqui o Luxemburgo lidera com o índice de volume mais elevado entre todos os 37 países incluídos nesta análise (260,1), mais de duas vezes e meia acima da média da UE27 e cerca de 5 vezes maior que o da Bulgária (53,0), o país da UE com o valor mais baixo.

"Em termos globais, saliente-se o crescimento significativo dos índices de volume do PIBpc da Roménia e do Montenegro, o primeiro e o segundo mais elevados de todos os 37 países participantes na comparação (6,3% e 4,1%, respetivamente)", destaca o INE. "Em sentido contrário, em 2019, os índices de volume do PIBpc da Noruega e da Turquia apresentaram as reduções mais significativas (-5,7% e -6,2%, respetivamente)".

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