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Bruxelas recusa fracasso de cessar-fogo na Ucrânia

De visita a Lisboa, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, rejeitou que o acordo de Minsk seja um fracasso, apesar das notícias que dão conta de novos confrontos no Leste da Ucrânia.

Federica Mogherini
Federica Mogherini Reuters
17 de Fevereiro de 2015 às 19:01

A chefe da diplomacia europeia, a italiana Federica Mogherini, rejeitou esta terça-feira, em Lisboa, que o cessar-fogo para travar os conflitos na Ucrânia, de que já resultaram mais de 5.500 mortos, seja um fracasso. A mesma responsável considerou ainda que é necessário procurar um desfecho positivo para o conflito.

"Os desenvolvimentos nestas últimas horas não são encorajadores", referiu a responsável pela diplomacia da União Europeia (UE) citada pela Lusa, para depois sublinhar que o acordo que foi assinado na última quinta-feira, em Minsk, "tem de ser total e tem de ter lugar nestes dias".

As afirmações de Mogherini foram feitas numa conferência de imprensa no Palácio das Necessidades, após um encontro com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português, Rui Machete, e surgiram na sequência de notícias que davam conta de novos confrontos na região Leste  da Ucrânia.

Um porta-voz militar afirmou esta terça-feira, citado pelas agências noticiosas, que cinco soldados ucranianos foram mortos, após confrontos junto à cidade de Debaltseve. Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) não têm conseguido aceder à zona em causa para verificar se o cessar-fogo está a ser cumprido. Ambos os lados do conflito dizem que não estão reunidas as condições para iniciar a retirada da artilharia da linha da frente, uma das medidas previstas no acordo de Minsk.

Acordo para OSCE verificar cessar-fogo

Entretanto os líderes da Rússia, Alemanha e Ucrânia terão acordado "medidas concretas" para permitir que observadores da OSCE possam monitorizar o cessar-fogo na Ucrânia, noticiou a Lusa, citando uma fonte do Governo alemão.

As medidas foram estabelecidas durante uma conversa telefónica, na noite de segunda-feira, entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e os presidentes russo e ucraniano, Vladimir Putin e Petro Poroshenko, respectivamente, informou o gabinete de Merkel, sem facultar mais detalhes sobre os passos concretos.

O anúncio surgiu depois de na segunda-feira a UE ter alargado a primeira fase de sanções a pessoas e entidades cujas "acções comprometem ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".

As novas sanções incidem sobre 19 personalidades, que ficam impossibilitadas de viajar para qualquer um dos Estados-membros da UE e que vêem os activos localizados nestes países congelados. A lista inclui três altos oficiais e dois parlamentares russos. 

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