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Carlos Tavares sobre Centeno: "Tem a competência técnica"

O ex-presidente da CMVM avalia positivamente a candidatura de Centeno, nomeadamente por poder elevar a qualidade técnica do Eurogrupo, que bem precisa, defende.

carlos tavares mario centeno ministro finanças supervisao
carlos tavares mario centeno ministro finanças supervisao Bruno Simão
30 de Novembro de 2017 às 12:56

A candidatura e possível eleição de Mário Centeno para a liderança do Eurogrupo é uma notícia para a Zona Euro pela elevação técnica que Mário Centeno poderá levar para o Eurogrupo, defende Carlos Tavares, ex-presidente da CMVM.

"É uma notícia positiva, espero que corra bem", diz ao Negócios Carlos Tavares, o ex-presidente da CMVM, à margem de uma conferência sobre o futuro da economia portuguesa organizada pela CGD, colocando a questão no plano europeu: "O essencial é saber se a notícia é relevante para a Europa, e se um português pode ou não contribuir para melhorar o desempenho da Zona Euro".

 

O economista destaca a competência técnica do ministro das Finanças português: "Centeno tem a competência técnica e os requisitos para o cargo. Cada vez mais o Eurogrupo precisa de competência", defende.

 

A candidatura de Centeno foi confirmada durante a manhã de quinta-feira: "O Governo português apresentou esta manhã a candidatura do ministro das Finanças, Mário Centeno, à presidência do Eurogrupo. A eleição terá lugar na próxima reunião do Eurogrupo, agendada para segunda-feira, dia 4 de Dezembro", lê-se num comunicado do Executivo.

 

Mário Centeno será o candidato apoiado pelos socialistas europeus que terão já garantido o apoio de grande parte dos governos do PPE. Se assim for, na segunda-feira Centeno poderá ser eleito o próximo presidente do Eurogrupo, para o que também pode contribuir o facto de o Partido Popular Europeu já deter as presidências da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu através de Jean-Claude Juncker, Donald Tusk e António Tajini, respectivamente. Ou seja, se a presidência do Eurogrupo pertencer a alguém oriundo do PSE, estaria garantido maior equilíbrio entre os dois maiores partidos europeus. 

 

Os três principais desafios do próximo presidente do Eurogrupo são a reforma da união monetária, a coordenação das políticas europeias e o fim do resgate grego, além da manutenção da influência do Eurogrupo dentro da UE.

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