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Economistas esperam inflação elevada em todo o mundo este ano. Sul da Europa nos 3,2%

A estimativa é do instituto alemão Ifo, com base na análise de mais de mil economistas. Nos próximos anos esperam-se descidas, mas ligeiras, com a inflação global a manter-se elevada. Na Europa, apenas os países ocidentais ficarão abaixo da meta do BCE.

Vasco Neves
18 de Agosto de 2025 às 12:23

Este ano a inflação média mundial deverá rondar os 4%, o dobro da meta do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal dos Estados Unidos. É esta, pelo menos, a expectativa de 1.340 economistas, de 121 países, ouvidos pelo instituto alemão Ifo.

Para o próximo ano, o "think-tank" responsável pela análise económica vê melhorias ligeiras, mas mantém a inflação elevada: deve descer para 3,9%, e em 2028 chegar aos 3,7%.

Para a Alemanha em particular – a maior economia europeia –, os especialistas estimam uma inflação de 2,4% para 2025 e 2,3% para 2026 e 2028 - são valores em linha com o que tinha sido previsto antes e que surgem numa altura em que a . "As expectativas de inflação estabilizaram-se num nível elevado, tanto a curto prazo como nos próximos anos. De acordo com os especialistas, os atuais conflitos comerciais e as tarifas de importação são um fator determinante para a inflação", indica Philipp Heil, investigador do Ifo, numa análise do instituto divulgada esta segunda-feira.

Mas nem todos os países europeus ficam acima dos objetivos traçados pelo BCE. Na Europa Ocidental a expectativa para este ano é que a inflação ronde os 1,8%, enquanto na Europa de Leste chega aos 7,6%. Já no sul da Europa, onde se insere Portugal, os economistas apontam para que a inflação fique nos 3,2%.

Nos Estados Unidos, os especialistas fixam a inflação em 3,1% este ano e 3,7% no próximo. A preocupação com a subida dos preços já se nota entre os consumidores, com recentes inquéritos à confiança a mostrarem um recuo significativo em agosto. As tarifas às importações, diz o Ifo, são a principal razão apontada pelos economistas.

Mas se nas economias ocidentais os valores são elevados, noutras geografias estimam-se cenários muito piores, com grande parte do continente africano a esperar taxas altas de inflação, nalguns casos acima de 20%.

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