Estimativas de Bruxelas mostram "resiliência" da economia portuguesa, diz Medina
O ministro das Finanças admitiu, no entanto, que "há sinais de abrandamento" para o próximo ano, uma vez que "Portugal faz parte de uma economia muito integrada, uma economia europeia com profundas relações em múltiplos setores".
O ministro das Finanças disse esta quinta-feira que as projeções de crescimento da Comissão Europeia para Portugal revelam a "resiliência" da economia portuguesa, salientando que o país sairá da pandemia com uma taxa global até 2023 acima da média da UE.
A posição de Fernando Medina foi transmitida esta quinta-feira numa audição conjunta da Comissão de Assuntos Europeus e da Comissão de Orçamento e Finanças, no parlamento, sobre a última reunião do Conselho dos Assuntos Económicos e Financeiros (ECOFIN), da União Europeia (UE).
"Portugal é o país que apresenta o maior crescimento da zona euro no ano de 2022. A Comissão Europeia estimou uma melhoria do crescimento face a projeção que tinha na primavera, o que mostra uma resiliência da economia portuguesa muito significativa e muito importante neste ano de 2022", disse o governante na intervenção inicial.
O ministro das Finanças admitiu que "há sinais de abrandamento" para o próximo ano, uma vez que "Portugal faz parte de uma economia muito integrada, uma economia europeia com profundas relações em múltiplos setores".
No entanto, Fernando Medina destacou que "os dados que são conhecidos mostram também para Portugal no próximo ano uma projeção de crescimento de novo acima da zona euro".
Em rebate a críticas recorrentes da oposição e de alguns economistas, sublinhou que a previsão da Comissão Europeia "apresenta Portugal como um dos países que crescerá acima da média europeia no período 2020-2023".
"Isto é, Portugal sairá do processo da pandemia com um nível de crescimento do global do período acima da média da União Europeia e acima de países como Espanha, Itália, Alemanha e França e para vários deles com diferenças muito significativas", vincou.
Apesar deste cenário, afirmou não fazer "nenhuma menorização das dificuldades" que o país terá "de enfrentar".
Ainda assim, defendeu: "Temos de retirar destes números uma palavra de confiança àqueles que estão todos os dias a produzir riqueza, às empresas, aos trabalhadores".
A Comissão Europeia reviu esta quinta-feira em alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português para este ano, para 6,5%, colocando o país entre os da União Europeia como aquele que regista a maior expansão.
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