Governo estuda alternativas para minimizar encerramento da Leoni
O ministro da Economia, Vieira da Silva, revelou hoje, em Bruxelas, que o Governo está a estudar as alternativas que podem existir para minimizar as consequências do anúncio do encerramento da empressa Leoni, que vai colocar no desemprego 599 trabalhadores.
O ministro da Economia, Vieira da Silva, revelou hoje, em Bruxelas, que o Governo está a estudar as alternativas que podem existir para minimizar as consequências do anúncio do encerramento da empressa Leoni, que vai colocar no desemprego 599 trabalhadores.
"Estamos a trabalhar no sentido de perceber/entender quais são as alternativas que podem existir para essa localização", disse José António Vieira da Silva à margem de uma reunião dos ministros responsáveis pela competitividade da União Europeia. O responsável governamental sabia que "a evolução dessa empresa era negativa", mas desconhecia que "o desfecho estivesse tão curto como se veio a revelar".
A Leoni Viana, que se dedica ao fabrico de cablagens para o sector automóvel, anunciou hoje que vai encerrar portas em finais de 2010, colocando no desemprego 599 trabalhadores.
A administração da fábrica de Viana do Castelo da Leoni justificou o encerramento daquela unidade com a crise internacional, que levou à diminuição de encomendas e à consequente "queda a pique" da facturação.
Vieira da Silva reconhece que "na situação em que a economia vive, [...] as alternativas são difíceis, em particular porque são pessoas que estão a trabalhar num segmento particularmente crítico da indústria europeia e mundial que é o segmento automóvel". A Leoni Viana já tinha, este ano, procedido ao despedimento colectivo de 120 trabalhadores e enveredado pelo 'lay off', reduzindo, durante alguns meses, a semana de trabalho para quatro dias.
A Leoni iniciou actividade em Viana do Castelo em 1991, com a criação da Cablinal Portuguesa, tendo chegado a empregar 2.600 trabalhadores.
O Grupo Leoni é um fornecedor de fios, cabos e sistemas para a indústria automóvel, emprega cerca de 48 mil trabalhadores em 36 países e gerou vendas consolidadas de 2,9 bilhões de euros em 2008.
Tem uma unidade em Guimarães, que emprega mais de 200 trabalhadores mas que, segundo Pedro Castro, vai continuar a laborar, já que se dedica a "outro ramo completamente diferente de produto".
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