Europa fecha sem rumo definido de olhos nos bancos centrais
Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
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Europa fecha sem rumo definido de olhos nos bancos centrais
Os principais índices europeus fecharam a sessão desta quarta-feira sem rumo definido, à medida que os investidores aguardam pela decisão de política monetária da Reserva federal (Fed) norte-americana – conhecida esta tarde -, enquanto a época de divulgação de resultados das cotadas do Velho Continente prossegue.
O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – recuou 0,06%, para os 575,40 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX caiu 0,64%, o espanhol IBEX 35 avançou 0,39%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,26%, o francês CAC-40 perdeu 0,19%, o britânico FTSE 100 somou 0,61% e o neerlandês AEX avançou 0,08%.
No que toca à “earnings season” europeia, em termos de movimentos do mercado, o Mercedes-Benz Group subiu mais de 4%, após ter confirmado o seu “outlook”, assim como planos para a recompra de ações. Isto apesar de os lucros da fabricante de automóveis terem sofrido uma quebra de 50% até setembro. A par da Mercedes, o Deutsche Bank subiu quase 5% depois de ter superado as estimativas do mercado para a negociação de ativos de rendimento fixo, ao mesmo tempo que apresentou um crescimento de 7% dos lucros no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Nesta linha, “o foco agora está mais na evolução dos lucros das empresas”, disse à Bloomberg Christian Stocker, do UniCredit. “Esperava-se um crescimento zero para as empresas europeias no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior. Os resultados que surgiram nas últimas semanas são, na verdade, ligeiramente melhores”, acrescentou o especialista.
Os ativos de risco enfrentam agora um teste, numa altura em que algumas das empresas com maior capitalização bolsista do mundo, incluindo a Microsoft, a Alphabet e a Meta Platforms, irão divulgar contas após o fecho de Wall Street. Segue-se durante o dia de amanhã, os resultados da Amazon.com e da Apple a seguir na quinta-feira.
Os investidores pareceram não querer fazer grandes apostas antes do anúncio de política monetária da Fed desta tarde. A par disso, seguirão de perto a reunião de política monetária do Banco Central Europeu, que termina nesta quinta-feira, não se esperando que a instituição liderada por Christine Lagarde avance com um corte de juros, ao contrário do que deverá ser anunciado nos EUA.
Entre os setores, o das telecomunicações (-1,97%) sofreu as maiores perdas, seguido do químico (-1,35%) e dos media (-1,13%). Já a banca (+1,43%) e os recursos naturais (+1,75%) lideraram os ganhos entre os setores.
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram alívios em toda a linha durante o dia de hoje, com os investidores a mostrarem um maior apetite por ativos de risco antes de importantes decisões de política monetária, tanto do lado de lá do Atlântico, como pela Europa.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 1,1 pontos-base, para 2,978%. Em Espanha a "yield" da dívida com a mesma maturidade caiu 1,2 pontos, para 3,129%.
Já os juros da dívida soberana italiana recuaram 1,4 pontos, para 3,378%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa seguiu a mesma tendência e aliviou 1,8 pontos-base, para 3,399%. Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, caíram 0,2 pontos, para os 2,619%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 0,8 pontos-base, para 4,391%.
Ouro ganha terreno com esperanças de corte de juros nos EUA
Os preços do ouro negoceiam com ganhos esta tarde e seguem a recuperar de parte das perdas sofridas nos últimos dias, com os “traders” a apontarem para que a Reserva Federal (Fed) norte-americana anuncie um novo corte nas taxas diretoras durante o dia de hoje – o que costuma impulsionar o metal amarelo, que não rende juros.
A esta hora, o metal sobe 1,13%, para os 3.996,960 dólares por onça.
Espera-se que a Fed reduza nesta quarta-feira as taxas de juro em 25 pontos-base, em resposta aos dados de inflação de setembro mais baixos do que o esperado e aos sinais de fraqueza do mercado laboral norte-americano. Além disso, os investidores acompanharão de perto as declarações do presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, que poderá dar sinais sobre o rumo da política monetária no país daqui para a frente, sendo que se espera que a Fed volte a flexibilizar os juros na sua reunião de dezembro.
A par disso, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira um acordo comercial com a Coreia do Sul e expressou otimismo sobre um possível acordo com a China. Um possível entendimento entre as duas maiores economias mundiais poderá, a confirmar-se, diminuir o apelo do ouro enquanto ativo-refúgio.
O metal amarelo já valorizou 52% no acumulado do ano, apoiado por incertezas geopolíticas e económicas, apostas na redução das taxas de juro nos EUA e compras sustentadas por parte de bancos centrais. Os preços atingiram um recorde de 4.381,21 dólares por onça no passado dia 20 de outubro, mas já caíram cerca de 8% desde então, em parte devido à diminuição das tensões comerciais.
Queda acentuada nos "stocks" de crude dos EUA impulsionam preços do petróleo
Os preços do petróleo seguem a ganhar terreno nesta quarta-feira, depois de dados terem mostrado uma queda acima do esperado dos inventários de crude nos Estados Unidos (EUA), apoiados igualmente pelo tom otimista do Presidente norte-americano, Donald Trump, acerca da possibilidade de Pequim e Washington chegarem a um acordo comercial dentro dos próximos tempos.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – valoriza 1,08% para os 60,84 dólares por barril, ainda que esteja a reduzir alguns dos ganhos registados anteriormente. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a avançar 1,15% para os 65,14 dólares por barril.
Os "stocks” de petróleo bruto dos EUA caíram na semana passada em quase 7 milhões de barris, bastante acima das expectativa que apontavam para um recuo de 211 mil barris, segundo dados divulgados pela Administração de Informação Energética dos EUA. Os números levaram a uma reavaliação das expectativas de que o mercado está a caminhar para um forte excedente, à medida que a OPEP+ aumenta a sua produção.
“Onde está o excesso?”, questionou o analista Phil Flynn, da Price Futures Group, citado pela Reuters. “Quanto mais tempo o excesso demorar a ser registado, mais questionaremos se ele existe”, acrescentou.
No plano comercial, Trump previu um bom resultado para a sua reunião com o Presidente chinês Xi Jinping, agendada para esta quinta-feira, à margem de uma cimeira na Coreia do Sul. A nota otimista pode ajudar a aliviar algumas preocupações com uma desaceleração na atividade económica, que têm suscitado igualmente preocupações em torno da procura de petróleo e pesado sobre os preços da energia nos últimos meses – que, entretanto, têm vindo a recuperar terreno.
Libra em mínimos de dois ano faces ao euro. Dólar estável
A libra tocou em mínimos de dois anos face ao euro e de quase três meses em relação ao dólar esta quarta-feira, numa altura em que as preocupações em torno da saúde das finanças públicas do país estão a pressionar a divisa britânica e os investidores começam a preparar-se para um novo corte nas taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra.
A moeda única europeia avança 0,33% para 0,8808 libras, o valor mais elevado desde maio de 2023, depois de já na sessão anterior ter acelerado 0,5%. Já a divisa britânica perde 0,22% para 1,3243 dólares, atingindo mínimos de 1 de agosto, pressionada ainda por uma inflação alimentar em desaceleramento.
"Acreditamos que esta dinâmica possa continuar para a libra esterlina, numa altura em que uma reavaliação da flexibilização do Banco da Inglaterra pode levar a um desempenho inferior em relação às restantes moedas europeias", explicam os analistas do Goldman Sachs, numa nota a que a Reuters teve acesso. O banco central britânico reúne-se na próxima semana e os mercados apostam agora num corte de 25 pontos base nas taxas de juro.
O cenário para a libra ficou ainda mais conturbado, depois de o Financial Times ter noticiado, na terça-feira, que o órgão que fiscaliza as finanças do Reino Unido estará mais pessimista do que inicialmente previsto em relação ao crescimento da produtividade anual do país. Espera-se um impacto nas contas públicas de 20 mil milhões de libras, o que deixa Rachel Reeves, ministra das Finanças, ainda mais sob pressão no desenho do orçamento para o próximo ano fiscal.
Por sua vez, o euro consegue acelerar de forma moderada face à "nota verde", crescendo 0,10% para 1,1664 dólares, enquanto a divisa norte-americana cede 0,12% para 151,93 ienes. A Reserva Federal (Fed) deve avançar com um novo alívio na política monetária esta quarta-feira através de um corte de 25 pontos base, numa altura em que a inflação, apesar de elevada, dá sinais de desaceleramento e o mercado laboral mostra-se estagnado.
S&P 500 e Nasdaq em máximos históricos em dia de corte da Fed. Nvidia faz história a valer 5 biliões
As bolsas norte-americanas têm vivido dias de ânimo. O "rally" em Wall Street estende-se esta quarta-feira na abertura, com dois dos três principais índices a negociarem em máximos históricos, no dia em que se prevê que a Reserva Federal dos EUA corte as taxas de juro em 25 pontos-base.
"O fator decisivo será a conferência de imprensa de Powell e a forma como avalia a situação atual do mercado de trabalho, porque não estamos a receber dados reais no momento devido à paralisação do Governo", disse o estratega da Unicredit, Christian Stocker, à Bloomberg.
Ao mesmo tempo, a Nvidia faz história em bolsa. A gigante de semicondutores, que ontem atingiu recordes, continua hoje a valorizar a superou mesmo a fasquia dos 5 biliões de dólares em capitalização bolsista, a primeira de sempre a tocar este marco. A impulsionar as ações está o investimento da empresa na Nokia de mil milhões de dólares, bem como as crescentes apostas de que o Presidente dos EUA vai voltar a permitir que o modelo "Blackwell" da empresa seja exportado para a China. As ações estão a saltar 4,62% para 210,31 dólares.
Neste contexto, o S&P 500 salta 0,31% para 6.912,04 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ficou acima dos 24 mil pontos ao somar 0,74% para 24.003,59 pontos - ambos em máximos históricos. Já o industrial Dow Jones ganha 0,34% para 47.866,96 pontos, perto do recorde de 47.943,16 pontos.
O setor da tecnologia continua a ser o grande motor de Wall Street, com a Microsoft, a Alphabet, a Meta Platforms, a Amazon e a Apple a divulgarem as contas trimestrais nos próximos dois dias. As chamadas "Sete Magníficas", que também incluem a Tesla e a Nvidia, deverão registar um aumento dos lucros no terceiro trimestre de 14%, quase o dobro dos 8% esperados para o S&P 500 em geral.
"A história da inteligência artificial continua intacta", afirmou Anthi Tsouvali, estratega da UBS Global Wealth Management, à Bloomberg. "O facto de a Reserva Federal estar a reduzir as taxas - e esperamos que reduza mais 25 pontos - é muito bom para a economia. Está a facilitar as condições financeiras e a impulsionar o crescimento".
Antes de esta noite apresentarem contas ao mercado, a Alphabet sobe 0,44% para 269,62 dólares, a Meta cai 0,15% para 750,29 dólares e a Microsoft ganha 0,1% para 542,37 dólares por ação.
Europa no verde com "earnings season". Lisboa em máximos de 15 anos
As bolsas europeias estão a registar valorizações esta manhã, à exceção das praças alemã e francesa, ainda que registem perdas ligeiras, numa sessão marcada pelos resultados trimestrais das cotadas do bloco.
"Os resultados empresariais europeus começaram esta época com expectativas muito baixas. Estamos a ver resultados acima do esperado, principalmente dos bancos, mas isso ainda não é suficiente para justificar um otimismo geral no mercado de ações europeu neste momento", disse Laura Cooper, da Nuveen, à Reuters.
A decisão da Reserva Federal de cortar as taxas de juro em 25 pontos-base, a anunciar hoje, está também a dar força às ações europeias, na véspera da reunião do Banco Central Europeu, que deverá manter os juros inalterados.
Mas, o que realmente está a dar força às ações europeias é o setor tecnológico dos EUA, que levou a que ontem Wall Street atingisse recordes. "O comércio de tecnologia dos EUA continuará a dominar o sentimento, e provavelmente precisaremos de um catalisador mais significativo na Europa para que os investidores voltem a abraçar essa narrativa de otimismo europeu", acrescentou.
Entretanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, devem encontrar-se na Coreia do Sul esta quinta-feira para discutir e finalizar o acordo comercial entre as duas partes.
Esta manhã, o Stoxx 600 sobe 0,13% para 576,51 pontos, impulsionado pelos setores dos "basic resources", que avança 1,6%, e ainda pelo automóvel que soma 1,9%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 0,08%, o espanhol IBEX 35 soma 0,46%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,43% e o neerlandês AEX ganha 0,72%. O francês CAC-40 cede apenas 0,01%, enquanto o britânico FTSE 100 soma 0,46%. Já a bolsa de Lisboa inverteu a tendência de abertura e sobe agora 0,55% para 9.394,54 pontos, máximos de quinze anos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Mercedes salta 5,5% após ter divulgado margens mais fortes do que o esperado no principal negócio de automóveis.
A GSK valoriza 2% após a farmacêutica ter elevado as suas expectativas de vendas e lucros para este ano, enquanto a Straumann salta mais de 7% com o aumento nas vendas orgânicas do terceiro trimestre.
Já o Deutsche Bank soma mais de 2% após divulgar um aumento de 7% nos lucros do terceiro trimestre.
Juros da dívida europeia aliviam ligeiramente à espera da Fed e do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviam embora de forma modesta esta quarta-feira, com os investidores na expectativa face às decisões de política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE). A Fed deverá hoje anunciar um corte de 25 pontos base nas taxas federais, enquanto o BCE deverá optar amanhã por manter as taxas diretoras.
Mais do que as decisões, que os mercados já incorporaram, as atenções centram-se nas declarações do presidente da Fed, Jerome Powell, e da líder do BCE, Christine Lagarde, em busca de pistas sobre qual será o rumo a seguir nas próximas reuniões dos bancos centrais.
Os juros da dívida alemã a 10 anos, referência para o bloco da moeda única europeia, cedem 0,4 pontos abse, para 2,618%, enquanto em França o alívio é de 0,6 pontos, para 3,411%.
A "yield" da dívida portuguesa cede 0,4 pontos base, até aos 2,986%, enquanto no país vizinho a quebra é idêntica, para os 3,138%. Na dívida italiana, a rendibilidade cai 0,6 pontos base, fixando-se em 3,387%.
Euro inverte ganhos face ao dólar e ganha frente à libra e franco suíço
O euro está esta quarta-feira a perder terreno face ao dólar, depois de ter estado a negociar com ganhos na sessão anterior. Por volta das 8h45, a moeda única europeia estava a desvalorizar 0,20%, para 1,1628 dólares.
Em sentido contrário, a divisa europeia está a registar ganhos face à moeda britânica, com um ganho de 0,26%, para 0,8803 libras esterlinas. A valorização acontece numa altura em que a moeda britânica está ainda a registar perdas depois de órgão que fiscaliza as finanças do Reino Unido se ter mostrado mais pessimista em relação ao crescimento da economia britânica. A libra está também a cair 0,46%, para 1,3211 dólares.
O euro está ainda a ganhar 0,26%, para 0,9269 francos suíços. Já frente à divisa do Japão – que recentemente discutiu a volatilidade na taxa de câmbio com os Estados Unidos e veio amenizar as preocupações sobre uma política orçamental e monetária mais expansionista no país –, o euro está a perder 0,06%, para 177,1300 ienes. Por sua vez, o dólar está a subir 0,14%, para 152,3300 ienes.
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Ouro salta mais de 1% e regressa aos 4 mil dólares à boleia da flexibilização monetária
Os preços do ouro estão a saltar mais de 1%, recuperando após três dias de quedas em que acumulou uma desvalorização de 4%, antes de a Reserva Federal dos EUA cortar as taxas de juro em 25 pontos-base, como antecipa o mercado. Por norma, a descida dos juros federais aumenta o apelo pelo ouro, que não rende juros e faz os preços do dólar subirem.
O metal amarelo soma 1,38% para 4.006,77 dólares por onça, de novo acima da barreira psicológica dos 4.000 dólares. Na sessão anterior, atingiu mínimos de três semanas.
Apesar de o corte ser dado como certo, o presidente do banco central deverá dar poucas pistas sobre os próximos passos da Fed. O mercado estará ainda de olho no encontro entre os líderes das duas maiores economias do mundo, EUA e China, esta quinta-feira. Donald Trump e Xi Jinping deverão discutir o acordo comercial e finalizar o documento iniciado neste fim de semana.
"O progresso nas negociações comerciais entre os EUA e a China continua a minar a procura por ativos de refúgio, como o ouro, que prolongou uma retração à medida que a tensão diminuiu. Os declínios recentes podem oferecer uma oportunidade para os bancos centrais aumentarem as compras", disse o ANZ, citado pela Reuters.
Os preços poderão ainda estar a subir devido ao fim de uma tomada de mais-valias do metal amarelo, que recuou dos máximos históricos atingidos a 20 de outubro, nos 4.381,21 dólares por onça.
Petróleo recupera ligeiramente antes de Fed cortar juros
Os preços do petróleo estão a recuperar ligeiramente esta quarta-feira, depois de tês dias de queda, à medida que os investidores avaliam o impacto das sanções dos EUA e da UE aos produtores de petróleo russos, bem como os números dos "stocks" de crude norte-americano e o corte das taxas de juro pela Reserva Federal.
O West Texas Intermediate (WTI), que serve de referência para os EUA, sobe 0,35% para 60,36 dólares por barril, enquanto o Brent, de referência para o bloco europeu, ganha 0,39% para 64,65 dólares por barril.
O presidente dos EUA, Donald Trump, vai aplicar novas sanções contra Moscovo para pressionar Vladimir Putin a negociar o fim da guerra na Ucrânia, de acordo com Matthew Whitaker, embaixador dos EUA na NATO.
Enquanto isso, o relatório da indústria dos EUA mostrou uma queda de quatro milhões de barris nos "stocks" nacionais de "ouro negro", juntamente com reduções na gasolina e destilados. Os números oficiais devem ser divulgados ainda nesta quarta-feira.
O petróleo está a caminho de registar o terceiro mês consecutivo de quedas, com os preços a serem pressionados pelas expectativas de um excedente global, que deverá agravar-se já que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) reúne este fim-de-semana e o mercado antecipa um novo aumento de produção em dezembro.
Os "traders" também estão a acompanhar as negociações para um acordo comercial entre os EUA e a China. Donald Trump e Xi Jinping reúnem-se esta quinta-feira numa cimeira, na Coreia do Sul.
"Os fundamentos subjacentes no mercado petrolífero continuam pessimistas: a OPEP+ continua a aumentar a oferta, enquanto o excedente se aprofunda”, afirmou Warren Patterson, do ING Groep NV, à Bloomberg. "Obviamente, as sanções à Rússia continuam a ser a principal incerteza e é algo que teremos de esperar um pouco mais para ter clareza", explicou.
Também no radar está a reunião da Reserva Federal dos EUA, que deverá aumentar o apetite por ativos de risco, com um corte das taxas de juro em 25 pontos-base.
Ásia dividida antes de Fed e resultados das tecnológicas. Nikkei e Kospi em recordes
As bolsas asiáticas terminaram a sessão sem rumo definido, com as principais bolsas do bloco divididas entre ganhos e perdas, numa altura em que os investidores esperam pela oficialização da decisão de corte de juros pela Reserva Federal (Fed) dos EUA, bem como pelos resultados de três "sete magníficas" esta quarta-feira, após o fecho do mercado: Meta, Alphabet e Microsoft. O mercado estará de olho se os investimentos das gigantes tecnológicas em inteligência artificial darão, realmente, a gerar retorno.
"As expectativas são altíssimas, e o risco de deceção também é grande", disse Charu Chanana, estratega-chefe de investimentos da Saxo, à Reuters. "Os investidores querem ver não apenas números sólidos, mas também evidências de monetização sustentada da inteligência artificial (IA) ??e de uma procura crescente, além do 'boom' inicial. É aí que o mercado vai avaliar se esse boom da IA se ??está a tornar numa bolha ou não", acrescentou.
O impulso na Ásia surgiu com a sessão de Wall Street de ontem, que terminou em máximos históricos, graças a uma nova onda de otimismo em relação à IA. A Nvidia anunciou ontem que vai investir 500 mil milhões de dólares para os seus chips de IA e que vai construir sete supercomputadores para o Departamento de Energia dos EUA. As ações da maior cotada do mundo atingiram ontem novos recordes, depois de Donald Trump ter dito que planeia conversar com o líder chinês, Xi Jinping, sobre o chip "Blackwell" da empresa.
Esta quarta-feira, no Japão, o Topix perdeu 0,23% para 3.278,24 pontos, enquanto o Nikkei 225 pulou 2,17% para 51.307,65 pontos, e chegou a saltar 2,38% para 51.412,97 pontos, um novo máximo histórico. O Banco do Japão (BoJ) anuncia a sua decisão de política monetária na quinta-feira, e a expectativa é de que as taxas de juro fiquem inalteradas.
"Esperamos que o Banco do Japão adote uma postura moderadamente restritiva, sinalizando a sua intenção de normalizar a política monetária nos próximos meses e preparar o terreno para um possível aumento das taxas de juro, provavelmente em dezembro ou em janeiro", disse Gregor Hirt, da Allianz Global Investors, à Reuters.
Na China, o Shanghai Composite ganhou 0,7% para 4.016,33 pontos e o Hang Seng, em Hong Kong, desceu 0,33% para 26.346,14 pontos. Também o sul-coreano Kospi saltou 1,76% para 4.081,15, tendo tocado nos 4.084,09 durante a sessão, um novo recorde, impulsionado por fortes resultados financeiros e uma perspetiva otimista da SK Hynix, um fornecedor da Nvidia.
Na política monetária, o fator crucial para os investidores será a aguardada decisão da Fed de hoje sobre as taxas de juro, em que o mercado espera amplamente um corte de 25 pontos-base.
Os contratos de futuros do Euro Stoxx 50 apontam para um início ligeiramente mais fraco para as ações europeias, na véspera da decisão do Banco Cnetral Europeu, que deverá manter os juros inalterados.
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