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Governo quer consenso com ERSE para tarifas a grandes empresas; não penaliza EDP

O Governo prossegue o diálogo com a ERSE por forma a desonerar as grandes empresas do aumento das tarifas de electricidade, não penalizando as «contas de exploração da EDP», disse fonte oficial do Ministério da Economia ao Negocios.pt.

15 de Julho de 2002 às 20:52

O Governo prossegue o diálogo com a ERSE por forma a desonerar as grandes empresas do aumento das tarifas de electricidade, não penalizando as «contas de exploração da EDP», disse fonte oficial do Ministério da Economia ao Negocios.pt. O Governo prossegue o diálogo com a Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) por forma a desonerar as grandes empresas do aumento das tarifas de electricidade, não penalizando as «contas de exploração da EDP», disse fonte oficial do Ministério da Economia ao Negocios.pt.

No inicio de Junho, a ERSE determinou um aumento de 16% nas tarifas de energia eléctrica para as grandes empresas industriais.

Este aumento é considerado «muito elevado» pelas empresas, que alertam para a perda de competitividade dos seus serviços em resultado desta alteração do preçário.

Nesta medida, a AutoEuropa, fabricante automóvel da Volksvagem, instalada em Portugal, responsável por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) português, apresentou queixa ao regulador por defender que este aumento penaliza a sua competitividade face a outras homólogas no exterior.

Esta subida das tarifas entre «10 a 16%» afecta «cerca de 30 mil empresas» em Portugal, acrescentou fonte oficial do Ministério da Economia.

A intenção do Governo é de limitar a subida das tarifas na energia eléctrica de forma a incentivar a competitividade das empresas portuguesas, disse a mesma fonte.

Neste âmbito, o Governo quer chegar a consenso com a ERSE para encontrar uma solução que «não prejudique a margem de exploração da EDP e, que não prejudique a competitividade das empresas», acrescentou a mesma fonte.

Para aquela fonte, que cita o ministro da Economia, Carlos Tavares, a ERSE não poderá «contrariar a política económica do Governo».

O novo Executivo pretende introduzir «um ajustamento gradual, não sendo sensato que as grandes empresas tenham visto aumentar a sua factura de electricidade em 16% e as micro-empresas na mesma data, visto diminuir em 54%», de acordo com a referida fonte.

Contudo, a mesma fonte descarta a intenção de «fixação de administrativa dos preços».

Empresas como a AutoEuropa podem optar por desinvestir em Portugal, caso esta situação de tarifário se mantenha.

A ERSE avançou que aquela empresa teria uma opção para contornar a subida das tarifas, apostando nos turnos da noite, nos quais o preço de electricidade caiu. Mas a construtora automóvel explicou ao regulador que esta alteração dos turnos agravaria os custos com pessoal, não compensando a descida das tarifas.

A EDP fechou a cair 3,16% para os 1,84 euros.

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