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Índice que mede bem-estar em Portugal mais que duplicou entre 2004 e 2019

O domínio do balanço vida-trabalho é aquele pertencente à perspetiva da qualidade de vida que menos cresce desde 2014.

Reuters
10 de Novembro de 2020 às 12:02

O Índice de Bem-estar passou de 23,5 a 50 entre 2004 e 2019, estima o Instituto Nacional de Estatística. A qualidade de vida e as condições materiais tiveram alguns revezes mais evoluem agora progridem ambas.  

"Esta evolução positiva deveu-se sobretudo aos progressos na vertente qualidade de vida (com a exceção do período 2007-2008) e nas condições materiais de vida (exceto no período 2010-2013)", explica o INE. Nestes períodos de exceção, houve uma evolução negativa.

Índice que mede bem-estar em Portugal mais que duplicou entre 2004 e 2019

Apesar dos altos e baixos, estima-se que em 2019 o índice relativo às condições materiais de vida se situe cerca de 30 pontos acima do nível verificado em 2004, e que a qualidade de vida esteja 24,4 pontos acima do patamar desse mesmo ano.

As condições materiais de vida incluem o bem-estar económico, o emprego e a vulnerabilidade económica, sendo que estes dois últimos elementos foram os que mais prejudicaram nos anos de quebra, tendo atingido mínimos em 2013. Contudo, todos estes vetores sobem a partir de 2014.

"Embora o domínio bem-estar económico e os seus respetivos indicadores tenham apresentado uma evolução genericamente positiva, sublinhe-se que partem em 2004 de valores muito baixos e atingem, no final do período, valores que se situam, em média, na proximidade de 30 (numa escala de 0 a 100), o que é revelador da posição de Portugal no que respeita a este domínio, por relação aos valores mais elevados do conjunto de países que funciona como referência em termos de normalização de indicadores", escreve o INE.

O destaque mais negativo vai mesmo para o emprego. Esta "é a componente do bem-estar com evolução mais desfavorável, devido essencialmente à evolução da disparidade salarial entre homens e mulheres, a qual só muito recentemente tem diminuído, e do subemprego dos trabalhadores a tempo parcial". Paralelamente, a vulnerabilidade é induzida pelo afastamento das famílias do mercado de trabalho e pela intensificação da dificuldade em pagar os compromissos assumidos com a habitação.

Já na qualidade de vida, há quatro domínios (entre os sete avaliados) que se destacaram ao impulsionar a tendência positiva. São eles a segurança pessoal, a educação, conhecimento e competências, o domínio da saúde e o ambiente. Já os restantes – participação cívica e governação, relações sociais e balanço vida-trabalho – apresentam evoluções inferiores ao desempenho global da perspetiva qualidade de vida.

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