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Mário Soares: Orientação neoliberal de Passos Coelho é "um autêntico disparate"

O antigo Presidente da República criticou, em entrevista ao "El País", a política "neoliberal pura" do primeiro-ministro de Portugal e atirou novos tiros à troika. "São burocratas pagos a peso de ouro, que não têm nada na cabeça", defendeu.

09 de Janeiro de 2012 às 15:27

Na opinião de Soares, a política de austeridade imposta pelo governo de coligação não é a solução para os problemas dos portugueses. “Há que estimular o crescimento económico e lutar contra o desemprego,” alertou novamente o político.

"Essa ideia do desaparecimento do Estado é um disparate", referiu o socialista na entrevista. "Quando há problemas graves, o país volta-se para o Estado", completou.

Mário Soares disse, ao jornal espanhol, que respeitar todas as orientações da troika – que reúne o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu – não é uma boa política.

“[O Governo] exerce o papel de bom aluno, de aluno obediente. Mas esse não é o caminho”, considerou o antigo primeiro-ministro, que lidera uma manifesto que pretende uma mobilização política e cívica contra as actuais políticas de austeridade.

Questionado sobre o papel da troika em Portugal, Mário Soares voltou a lançar farpas, depois de ter dito, em Novembro, que os funcionários eram “senhores de 5ª ou 7ª ordem”, na sequência de declarações de Fernando Ulrich, presidente do BPI.

“São burocratas pagos a preço de ouro que não têm nada na cabeça, que não sabem o que estão a fazer e que a única coisa que querem é ganhar dinheiro”, afirmou Mário Soares.

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