Mais uma dor de cabeça para Truss. Inflação no Reino Unido regressa aos dois dígitos
Depois de ter desacelerado em agosto, a inflação bateu os 10,1% em setembro superando o valor de julho e atirando o indicador para um máximo em 40 anos.
A inflação no Reino Unido regressou em setembro aos dois dígitos, para os 10,1%, acima da previsão dos analistas que apontavam para os 10%. Com este valor, a inflação no país bate máximos de 40 anos, ao superar os 10% atingidos em julho. Em agosto, o indicador tinha caído para os 9,9%.
Os dados revelados esta manhã pelo Gabinete Nacional de Estatísticas trazem mais uma dor de cabeça à primeira-ministra Liz Truss, ao colocar mais pressão no Banco de Inglaterra, que tem como meta colocar a inflação nos 2% e poderá ter que apertar ainda mais a subida das taxas de juro.
O perigo, segundo a Bloomberg, é que os preços voltem a acelerar no início do próximo ano, numa altura em que o governo britânico decidiu afrouxar o apoio aos consumidores de luz e se mantém a incerteza acerca de que medidas Downing Street estará, afinal, a preparar para combater a crise que grassa no país e em todo o continente europeu. Os preços de alimentos e das bebidas não alcoólicas foram o maior impulsionador da inflação em setembro ao subirem 14,5%, o maior salto desde abril de 1980. Já o núcleo da inflação, ou seja o aumento dos preços excluindo a alimentação e a energia (por norma mais voltáteis) bateu os 6,5%, um máximo de 30 anos, que mostra que a pressão altista já está disseminada na economia. "A divulgação desta quarta-feira destaca o perigo de que a inflação subjacente permaneça forte mesmo com a economia a enfraquecer", indicou Paul Dales, economista-chefe do Reino Unido da consultoria Capital Economics, citado pela Reuters. Por outro lado, a inflação de setembro é ainda usada como ponto de referência para a indexação do aumento das rendas. Contudo os pensionistas ainda não têm uma resposta clara do governo sobre se vão subir em linha com os preços no próximo ano.
Os preços de alimentos e das bebidas não alcoólicas foram o maior impulsionador da inflação em setembro ao subirem 14,5%, o maior salto desde abril de 1980. Já o núcleo da inflação, ou seja o aumento dos preços excluindo a alimentação e a energia (por norma mais voltáteis) bateu os 6,5%, um máximo de 30 anos, que mostra que a pressão altista já está disseminada na economia.
"A divulgação desta quarta-feira destaca o perigo de que a inflação subjacente permaneça forte mesmo com a economia a enfraquecer", indicou Paul Dales, economista-chefe do Reino Unido da consultoria Capital Economics, citado pela Reuters.
Por outro lado, a inflação de setembro é ainda usada como ponto de referência para a indexação do aumento das rendas. Contudo os pensionistas ainda não têm uma resposta clara do governo sobre se vão subir em linha com os preços no próximo ano.
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