Os representantes do Mercosul e da União Europeia não chegaram a acordo nos três dias de encontro em Brasília para a criação de uma área de comércio livre entre os dois blocos.

Todavia, João Pacheco, director dos Assuntos Internacional Agrícolas da União Europeia e Celso Amorim, ministro brasileiro das Relações Exteriores estão confiantes nas próximas negociações marcadas para 13 e 20 de Setembro em Bruxelas.

Acreditam que o acordo ainda possa ser assinado até ao final de Outubro como estava previsto inicialmente.

A União Europeia não aceitou uma negociação global, envolvendo vários sectores e itens, como querem os negociadores dos países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).

As negociações acabaram antes do previsto, a meio do terceiro dia. Os representantes do Mercosul vão concentrar esforços para fazer um contacto mais directo com os ministros europeus, referiu o ministro brasileiro.

Um dos principais impasses é a definição dos produtos agrícolas industrializados que não terão carga tributária numa futura área de comércio livre. Os europeus aceitaram reduzir a zero, as tarifas para produtos como café solúvel, pasta de cacau, palmito e cachaça.

Os europeus obtiveram redução a zero para 71 outros produtos. Mas as negociações não passaram uma «troca de ideias», sem que nenhuma propostas tenha sido apresentada.