Rangel garante contactos com BE sobre flotilha e explica como portugueses poderão regressar
Questionado sobre as criticas do partido liderado por Mariana Mortágua, uma das portuguesas detidas que seguia a bordo da flotilha, Paulo Rangel frisou, em entrevista ao canal Now, que a comunicação do MNE com os bloquistas tem sido feita desde o início da viagem e que ocorreu também na quarta-feira, dia da atuação das forças israelitas, e hoje.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), Paulo Rangel, garantiu esta quarta-feira que o seu ministério tem estado sempre em contacto com o Bloco de Esquerda através de uma alta dirigente sobre a flotilha para Gaza, intercetada na quarta-feira por Israel.
Questionado sobre as criticas do partido liderado por Mariana Mortágua, uma das portuguesas detidas que seguia a bordo da flotilha, Paulo Rangel frisou, em entrevista ao canal Now, que a comunicação do MNE com os bloquistas tem sido feita desde o início da viagem e que ocorreu também na quarta-feira, dia da atuação das forças israelitas, e hoje.
"Eu próprio falei com outra alta dirigente ainda hoje. Só tenho que fazer estas divulgações porque se está a dizer que não falamos", sublinhou, sem adiantar quem são os altos dirigentes.
Paulo Rangel acrescentou na mesma entrevista que ainda não tem "informação qualificada" sobre se a interceção da flotilha por Israel ocorreu em águas internacionais, mas admitiu condenar Israel se se verificar.
"Se foi em águas internacionais é claramente uma violação e merecerá da nossa parte um reparo", apontou.
O chefe da diplomacia portuguesa insistiu também que a detenção dos quatro portugueses que seguiam a bordo da flotilha é ilegal e que o Governo prestará toda a assistência necessária.
Rangel acrescentou que é "altamente provável" que a embaixadora e o cônsul de Portugal em Telavive possam estar com os quatro detidos na sexta-feira, garantindo que estão já acreditados para irem ao centro onde os portugueses deverão estar, após serem transferidos do porto israelita.
Sobre o regresso dos detidos a Portugal, o ministro referiu que a informação mais recente recolhida pelo Governo é que os portugueses poderão optar pela deportação voluntária, o que tornará "muito rápida" a saída de Israel, inclusivo no fim de semana.
"Ou podem, e está na sua libertada, optar por uma libertação com ordem judicial e estar com um juiz e isso pode demorar mais tempo", destacou.
Paulo Rangel alertou que esse processo pode ser demorado devido ao elevado número de detidos que participavam na flotilha e devido aos feriados religiosos em Israel para a semana.
As forças israelitas intercetaram entre a noite de quarta-feira e a manhã de hoje a Flotilha Global Sumud, com cerca de 50 embarcações, que se dirigia à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária, detendo os participantes, incluindo quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.
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