Minuto-a-minuto: Primeiro dia de debate programa do Governo PS
O programa do Governo de António Costa começa a ser discutido esta quarta-feira na Assembleia da República. A discussão tem início às 15:00 e prolonga-se para amanhã, quinta-feira, dia em que será votado e aprovado. O Negócios acompanha este debate ao minuto.
20:55 Terminou o primeiro dia do debate do programa do Governo socialista. O debate é retomado esta quinta-feira, 3 de Dezembro. 20:35
20:30 "Há um conjunto de poupanças, não cortes, nas prestações que hoje existem para fazer face à situação social difícil de desemprego que o país enfrenta", afirma Mário Centeno.
19:57
19:51
19:48 Em resposta a Mariana Mortágua, o ministro das Finanças, Mário Centeno começa por dizer que os processos em curso com o Banif e com o Novo banco estão em discussão com a Comissão Europeia e com o Banco Central Europeu (BCE). "Existem funções específicas para o fundo de resolução e do Banco de Portugal no contexto desses processos e o ministério das Finanças é consultado, mas na verdade as responsabilidades estão nas mãos destas instituições. O Governo e o ministério das Finanças cumprirá o seu dever zelando pela estabilidade do sistema financeiro e protegendo os contribuintes portugueses dos custos associados à resolução destes problemas", acrescenta o ministro das Finanças do Governo de António Costa.
19:33
19:30
19:27 "A reposição dos salários da função pública é acelerada no nosso programa do governo", recorda Mário Centeno.
Ministro das Finanças
19:23 "Portugal não tem margem para falhar. Hoje sabemos porque as nações falham. Falham quando perdem o respeito pelas instituições. Quando perdem o respeito por si próprias. E quando deixam de acreditar em si e nos seus", afirma o ministro das Finanças Mário Centeno.
19:01
19:00 Marco António Costa: "Não esquecemos a origem deste Governo. E o pecado original está ligado a este Governo. É um Governo que não foi escolhido pelos portugueses".
18:58
18:54
18:46 18:45
18:49 "Vivemos um tempo estranho em que a vontade e a democracia são subjugadas a partidarismos", lamenta Marco António Costa. "O programa que aqui discutimos é um programa que os portugueses não sufragaram", afirma. "Nesse dia 4 de Outubro os portugueses disseram muito directamente qual era o destino que queriam para o país", diz o vice-presidente do PSD.
18:43
Vice-presidente do PSD
não terem feito nenhuma intervenção durante a discussão do programa do Governo.
18:33
18:32 Passos Coelho regressa neste momento à sala. Paulo Portas continua ausente do plenário, assim como o líder da bancada centrista, Nuno Magalhães.
18:30 José Manuel Pureza pediu ao seu colega de bancada Jorge Falcato para que este terminasse a interpelação ao primeiro-ministro, por já ter esgotado o seu tempo. Quando regressou ao lugar, foi falar com Falcato para relembrar esse episódio. Riram-se os dois. A sessão volta a ser presidida por Ferro Rodrigues.
18:28 Berta Cabral lembra a maior crise vivida nos Açores devido "ao fim das quotas leiteiras", responsabilidade que atribui ao último Governo socialista, então liderado por José Sócrates. A deputada do PSD lamenta que a agricultura dos Açores estejam ausentes do programa socialista.
18:24
18:21 Já da bancada do PS chega apoio. "A voz das autoridades portuguesas tem de ser activa em Bruxelas", afirma um deputado do PS. Elogiando o primeiro-ministro, o deputado questiona de que forma é que "o Governo se propõe a resolver o objectivo de devolução da confiança dos portugueses no modelo europeu".
18:17 Comentando a "importância da colaboração entre Governo e as autonomias regionais" sublinhada por Costa no seu discurso, Sara Madruga da Costa, deputada do PSD, acusa o Governo de apresentar valorizações vagas, que dizem tudo "mas no fundo não dizem nada", e pergunta se entre as medidas previstas se inclui um novo hospital para a região autónoma da Madeira.
18:11
18:10
"Nós seremos o Governo que repõe as prestações sociais. Vocês serão sempre o Governo que cortou as prestações sociais", atira António Costa que garante que a direita está a confundir "a redução da despesa com cortes nas contribuições sociais".
18:07
18:05 A sessão está a ser presidida por José Manuel Pureza, deputado do Bloco de Esquerda.
18:03 Com o debate quase a atingir três horas de duração, os vários ministros procuram ocupar o seu tempo de formas distintas. A maioria deles consulta o telemóvel, outros escrevem no tablet, Ana Paula Vitorino folheia um documento, Manuel Heitor, ministro da Ciência e Ensino Superior tem o portátil aberto à sua frente.
18:03 O primeiro-ministro destaca a "tranquilidade" com que o Governo e os partidos que o suportam encaram o futuro. "A mesma tranquilidade" com que esta maioria de esquerda rejeitará a moção de rejeição que o PSD e o CDS vão apresentar esta quinta-feira, 3 de Dezembro, apontou António Costa.
18:02
17:59
17:57 Moisés Ferreira do Bloco de Esquerda acusa o anterior Governo de falar "num país imaginário".
17:48
17:45 Hugo Soares insiste na pergunta já feita e à qual António Costa respondeu remetendo para um programa de rádio em que participou na TSF. "Faça já distribuir [na Assembleia] as tais respostas para que de uma vez por todas os portugueses possam saber que prestações não contributivas o Governo se preparar para cortar", repetiu o deputado do PSD.
17:41 "Que alternativa é que apresentam a este programa de Governo?", pergunta António Costa às bancadas da direita. O primeiro-ministro lembrou que na noite eleitoral disse que não faria parte de uma maioria negativa se não tivesse uma alternativa. O contrário do que se prepararam para fazer o PSD e o CDS com a apresentação de uma moção de rejeição ao programa do Governo em discussão no Parlamento, acusa o primeiro-ministro. "Derrubar Governos sem ter uma alternativa é não estar à altura das responsabilidades que temos perante o país", acrescenta Costa.17:28 Paulo Portas e Luís Montenegro saem juntos do gabinete dos social-democratas e seguem para o gabinete do CDS. Estarão
Primeiro-ministro
certamente a preparar a moção de rejeição ao Governo.
17:22
17:21 Hugo Soares, deputado do PSD, dirigiu-se a António Costa para perguntar "quais são as prestações não contributivas a que vai impor uma condição de recurso". No fundo, Hugo Soares quis saber quais são as "prestações sociais [que o Governo] vai cortar".
17:13 17:09
André Silva falou ainda na necessidade de acabar com as touradas.
16:59 Neste momento, em que Heloísa Apolónia, d'Os Verdes, intervém, dá-se uma enorme razia na bancada do PSD e do CDS. Vários ex-governantes, como Maria Luís Albuquerque, Pedro Mota Soares, Paula Teixeira da Cruz, e ainda Passos Coelho e Paulo Portas, saíram da sala. Estarão a acertar o texto da moção de rejeição ao programa do PS?
16:57
16:44
16:43
16:31
16:28 Nuno Magalhães fala ainda da greve de Metro marcada para a próxima semana. "Em nome de quê é que o senhor vai ceder o controlo do sector dos transportes ao PCP para mandar as empresas paralisar a vida das pessoas?", questiona. "O Governo ainda agora chegou e já tem uma onda de greves", afirma Nuno Magalhães, enumerando as greves já marcadas pelos sindicatos.
16:26
16:25
Porta-voz do Bloco de Esquerda
16:22 António Costa lamentou que nos últimos anos, "90% dos contractos de trabalho celebrados foram contratos a prazo". A solução para este problema e para a precarização do trabalho passa pelo "reforço da fiscalização", defende o primeiro-ministro.
António Costa reafirma que vai reforçar a equipa da Autoridade das Condições de Trabalho. O primeiro-ministro garante que as medidas de combate à precariedade são "prioritárias", mas não explica de forma inequívoca se as alterações à legislação laboral avançam já no próximo ano.
16:20
16:19 Voltada para o primeiro-ministro, Catarina Martins notou que "quem começou a trabalhar na última década em Portugal, e não emigrou, só conhece a lei da selva e não do trabalho". Como tal, a porta-voz bloquista perguntou a Costa quando poderá este problema ser resolvido.
16:16
16:08
16:04
16:00
Líder Parlamentar do PS
15:58 Depois da resposta de César a Montenegro, Paulo Portas levantou-se e foi sentar-se na terceira fila do CDS. Primeiro cumprimentou Assunção Cristas, agora está a falar com Luís Mota Soares, que era ministro da Segurança Social. Portas fala e faz gestos para LP, como é conhecido Mota Soares, e este vai escrevendo no teclado do seu computador. Estarão a combinar a intervenção do CDS? Depois da conversa, Portas volta a sentar-se no seu lugar.
15:53
15:48
15:46 "Creio que é justo pedir a todos aqueles que construíram esta moção de rejeição que não se juntem só para destruir. A democracia agradece que acabem com este secretismo", desafia o líder da bancada parlamentar do PSD.
15:46 Luís Montenegro aproveita a deixa de Cavaco Silva e pede a António Costa que apresente uma moção de confiança, um dos pontos que o Presidente disse não estar clarificado nos acordos com as bancadas da esquerda. António Costa ri-se e comenta qualquer coisa com Pedro Nuno Santos. Possivelmente preparam uma resposta ao líder da bancada do PSD. Passos Coelho está sentado ao lado de Montenegro.
15:43 "O povo não escolheu o programa do PS, e muito menos do Bloco de Esquerda ou do PCP para serem base de acção dos próximos anos", afirma Luís Montenegro. "Rejeitar este programa na Assembleia da República não é mais do que mostrar a opinião dos portugueses". A bancada do PSD insiste que o Governo liderado por António Costa não tem legitimidade para Governar.
15:41
Líder parlamentar do PSD
15:41 O CDS opta por colocar mulheres, com especialidades técnicas, a fazerem as intervenções desta tarde. Segundo fonte da bancada dos centristas, o CDS vai apostar em explorar as cedências do PS ao PCP.
15:40 No final do discurso de António Costa, as quatro bancadas da esquerda aplaudiram a intervenção do novo primeiro-ministro. Só os 86 deputados do PS é que aplaudiram de pé. Na bancada do PCP, Jerónimo de Sousa não bateu palmas.
15:39 Na bancada do Governo já não cabe mais nenhuma cadeira. Com António Costa, os seus 17 ministros e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, os ministros estão bem apertados.
15:39
15:38
15:33 15:32
- Reforçar em 35 milhões os fundos do Sistema de Garantia Mútua;
- Criar um Fundo de Capitalização para as empresas;
- Criar o "Programa Semente", dirigido ao empreendedorismo e start-ups;
- Alargar o simplex à Justiça e reduzir a produção de leis;
- Descentralização de competências para as autarquias e regiões autónomas;
- Combater desigualdades e integrar pessoas com deficiência;
- Combater a precariedade.
15:29 "Ciência, cultura e educação são o pilar do nosso conhecimento e a base da economia. É essencial dar máxima prioridade ao combate à precariedade", afirma António Costa.
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15:24 António Costa fala dos incentivos, nomeadamente com o programa "Semente" dirigido a projectos de empreendedorismo.
15:20
15:18 Enquanto António Costa aborda os números do INE, que apontam para uma desaceleração do investimento, alguns deputados da bancada do PSD atiram algumas bocas ao novo primeiro-ministro. "Este gajo não sabe o que diz", ouve-se de uma zona em que estão deputados social-democratas.
15:17 Passos Coelho tinha como hábito chegar aos debates parlamentares a horas ou com um ligeiro atraso. António Costa, na primeira vinda ao Parlamento enquanto primeiro-ministro, entrou na Sala das Sessões com quase 10 minutos de atraso.
15:16
Primeiro-ministro
15:13 O primeiro-ministro abre o debate. "É perante vós que o Governo responde directamente", diz António Costa, dirigindo-se aos deputados.
15:12
15:11 António Costa já está sentado. À sua esquerda está Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, e à sua direita Pedro Nuno Santos, secretário de Estados dos Assuntos Parlamentares.
Recorde aqui as principais medidas do programa do Governo do PS. O programa foi aprovado na passada sexta-feira, 27 de Novembro, no primeiro conselho de ministros do Executivo de António Costa.
Menos de uma semana depois de o XXI Governo Constitucional ter sido empossado pelo Presidente da República, o Executivo chefiado por António Costa leva, esta quarta-feira, 2 de Dezembro, o Programa do Governo ao Parlamento.
Sabe-se de antemão que as bancadas do PSD e do CDS vão apresentar uma moção de rejeição ao programa socialista. Espera-se também que a esquerda parlamentar vote desfavoravelmente a moção da oposição.
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