A debilidade dos modelos de governo interno das instituições financeiras foi um dos principais fatores que conduziram à crise financeira internacional de 2008. Desde então, o governo das sociedades tem procurado consagrar o valor da ética e da transparência nas relações entre o conselho de administração e as restantes partes interessadas na vida das empresas, designadamente, os acionistas, autoridades reguladoras e supervisoras, órgãos de fiscalização, clientes, colaboradores e o público em geral. Nesse sentido, a efetividade do bom governo societário depende da capacidade coletiva para criar uma sociedade que entenda a ética como valor determinante. Porque são matérias que moldam a qualidade das instituições e é a qualidades das instituições políticas e económicas criadas, que determina o êxito económico de uma nação (Acemoglu e Robinson).