Os votos dos emigrantes reforçaram a bancada parlamentar do PSD com mais três deputados (81 no total), enquanto o PS soma mais um representante, ficando o grupo político com mais representação na Assembleia da República com um total de 97 mandatos.

Tal como aconteceu em 2005, no círculo 'Fora da Europa' os sociais-democratas conseguiram eleger os dois candidatos (José Cesário e Carlos Páscoa), vencendo com 54,5%, contra 22% dos socialistas.

Nos lugares em disputa na Europa, manteve-se também a tendência verificada nas eleições de há quatro anos e meio, com a repartição dos dois deputados pelos dois maiores partidos. Com 43% dos votos no "Velho Continente", o PS elege Paulo Pisco, sendo suficientes os 23,6% do PSD para colocar Carlos Gonçalves em São Bento na próxima legislatura.

Os dados disponíveis apontam para uma abstenção superior a 90% nos dois círculos eleitorais.

Apurados os votos no território nacional e no estrangeiro, o PS vence as legislativas com 36,55%, seguido pelo PSD com 29,11%, o CDS (10,43%), o BE (9,82%) e a CDU (7,86%).

Com os resultados globais finais, o Presidente da República, Cavaco Silva, vai convocar todas as forças políticas com representação parlamentar para audiências formais em Belém, indigitando depois José Sócrates como primeiro-ministro.

Os resultados da emigração não alteram a correlação de forças no Parlamento ao nível de possíveis coligações ou alianças, mantendo-se o CDS/PP como parceiro privilegiado para os socialistas negociarem acordos (excluindo o PSD), já que basta somar os 21 deputados populares para formar maioria.