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Quase um terço dos fogos investigados este ano tiveram como origem fogo posto

A área ardida até 31 de agosto é a mais elevada da última década, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Os 7.042 fogos rurais resultaram em 254.296 hectares de área ardida este ano..
Os 7.042 fogos rurais resultaram em 254.296 hectares de área ardida este ano.. Pedro Sarmento Costa / Lusa
06 de Setembro de 2025 às 20:06

Quase um terço dos incêndios investigados este ano tiveram como origem o fogo posto e a área ardida até 31 de agosto é a mais elevada da última década, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O relatório provisório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), referente ao período de 1 de janeiro a 31 de agosto, refere que os incêndios investigados até aquela data tiveram como causas mais frequentes "incendiarismo - imputáveis" (31%), seguido das queimas e queimadas (25%) e dos reacendimentos (10%).

O ICNF refere que, dos 7.042 incêndios rurais verificados até ao final de agosto, foram investigados 4.786, dos quais 68% têm o processo de averiguação de causas concluído.

De acordo com o relatório provisório, entre 1 de janeiro e 31 de agosto deflagraram 7.042 rurais que resultaram em 254.296 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (118.127 ha), matos (107.881 ha) e agricultura (28.288 ha).

"Comparando os valores do ano de 2025 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 23% de incêndios rurais e mais 259% de área ardida relativamente à média anual" desde 2015, salienta o documento.

O INCN destaca ainda que "o ano de 2025 apresenta, até ao dia 31 de agosto, o quinto valor mais reduzido em número de incêndios e o valor mais elevado de área ardida, desde 2015".

O mesmo documento indica também que, até ao final de agosto, ocorreram 83 "grandes incêndios" que resultaram em 245.014 hectares de área ardida. O maior fogo foi o que começou a 13 de agosto e durou 11 dias no concelho de Arganil (Piódão) e que consumiu, segundo o ICNF, 65.417 hectares de floresta, seguindo-se os fogos nos concelhos de Trancoso (Guarda), com 46.325 hectares, e de Sátão (Viseu), com 13.769 hectares.

O relatório indica ainda que o Porto (1.697) foi o distrito, até 31 de agosto, com maior número de incêndios, seguido de Braga (698) e Viana do Castelo (590), ressalvando o ICNF que são maioritariamente fogos de reduzida dimensão e não ultrapassam um hectare de área ardida.

Por sua vez, o distrito mais afetado pela área ardida é a Guarda, com 79.060 hectares, cerca de 31% da área total, surgindo depois Viseu, com 39.298 hectares (15% do total), e de Castelo Branco, com 39.228 hectares (10% do total).

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