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Salários: Aumentos com muitas roupagens e várias negociações por fazer

Há empresas que já avançaram com propostas para mitigar os aumentos deste ano e atualizar os salários do próximo. Mas para muitas outras, como a Autoeuropa, a negociação ainda nem começou. O Negócios dá vários exemplos em diferentes setores.

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compras, consumo, alimentos, alimentacao, supermercado João Cortesão
22 de Novembro de 2022 às 11:00
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22.11.2022

Distribuição

A Mercadona vai aumentar em 11% os salários mais baixos, passando o vencimento mínimo a 886 euros brutos mensais (em 14 meses). A cadeia de supermercados espanhola indicou ainda que estes trabalhadores recebem um prémio anual correspondente a um salário extra nos primeiros quatro anos, e dois salários extras nos anos seguintes, embora dependente da concretização de objetivos.

Também o Lidl anunciou a subida do salário de entrada, neste caso em "quase 10%", a partir de janeiro, passando para 820 euros brutos. E para quem já hoje está no último escalão há uma subida de 100 euros mensais, atingindo 1.000 euros. Para os restantes trabalhadores depende, mas "os que não tiverem uma atualização salarial receberão, pelo menos, 3% do valor bruto anual do seu vencimento, sob a forma de prémio, em março de 2023".

A Auchan indicou, para 2023, "um aumento em termos de massa salarial de 5%", segundo o Eco, mas a cadeia de supermercados francesa não deu detalhes.

Já a Sonae MC, dona do Continente, indicou à CNN que a atualização salarial será "efetuada respeitando" os princípios do contrato coletivo de trabalho assinado entre a APED e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços, que prevê um "aumento médio da tabela salarial de 4,8%".

22.11.2022

Turismo

"Estamos agora a ver a inflação, mas vai haver aumento, sem dúvida, superior à inflação", indica Dionísio Pestana, embora tenha "tudo incluído: o bónus, os subsídios", segundo a Lusa. Ao Negócios acrescenta que o salário mais baixo deverá ficar "entre 10% e 15% acima do salário mínimo nacional", a aplicar no primeiro trimestre.

O grupo Vila Galé, já este ano, aumentou os salários mais baixos, indicando que "a massa salarial subiu entre 7% e 8%". Ao Negócios, a empresa diz que quer no próximo ano "continuar a subir o vencimento médio dos colaboradores" e aposta em regalias: "Seguro de saúde; prémios de produtividade; férias gratuitas nas unidades Vila Galé e descontos até 65% para colaboradores e familiares em alojamento e outros serviços do grupo; plano de formação contínuo e bolsas de apoio à educação ou alimentação nos hotéis." Pretende ainda dar apoios à habitação.

22.11.2022

Automóvel

A fábrica de camiões Fuso deu um bónus de 400 euros em setembro a 500 trabalhadores.

O mesmo quis fazer a Autoeuropa, mas os trabalhadores de Palmela não aceitaram, partindo para a greve. Consideram "inaceitável" a proposta, exigindo um aumento extraordinário dos salários em 5%, já em dezembro, com retroativos a julho, e nova atualização em janeiro que consiga cobrir a inflação.

22.11.2022

Transportes

Este mês, a ANA, que gere os principais aeroportos do país, chegou a acordo com o SINTAC para aumentos salariais entre 2% e 7,5% - uma parte já e o resto em janeiro.

E no Metro Transportes do Sul foi fechado um acordo com a FECTRANS para uma atualização média na tabela salarial de 7,4%. O aumento mínimo é de 80 euros.

22.11.2022

Banca

A CGD vai pagar um bónus em dezembro entre 600 e 900 euros, dependendo do salário dos trabalhadores; permite antecipar até 50% o subsídio de Natal de 2023; e admite majorar prémios do próximo ano. O sindicato dos trabalhadores da CGD ficou satisfeito, mas lamenta que o banco "não esteja disponível" para negociar a revisão intercalar da tabela salarial de 2022.

O Santander vai também fazer um "pagamento extraordinário e suplementar" de 750 euros para todos os trabalhadores e permitir a antecipação de 50% do subsídio de Natal em 2023. Aumentou ainda o limite de crédito para trabalhadores e, entre outros, alargou o apoio anual às propinas, de 310 euros.

Os sindicatos afetos à UGT querem, para 2023, rever as cláusulas do ACT (subscrito por Santander, BPI, Novo Banco e Bankinter), com subida salarial de 8,5% (atualização das tabelas salariais e das cláusulas de expressão pecuniária).

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