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Trabalhadores por conta de outrem ganham sete vezes mais que os por conta própria

No espaço de uma década, o peso da habitação cresceu dez pontos percentuais, representando quase 30% dos cerca de 20 mil euros que atingiu, em média, a factura suportada pelas famílias em 2010/2011. INE cifra em 23.811 euros o rendimento líquido das famílias em 2009. Conclui que trabalhadores por conta de outrem apresentam rendimentos do trabalho sete vezes superiores aos por conta própria.

20 de Junho de 2012 às 13:13

Postos em perspectivas, estes números traduzem um aumento da importância relativa das despesas com habitação, que no espaço de dez anos aumentou quase dez pontos percentuais, passando a explicar 29,2% do total da despesa em 2010/2011, quando em 2000 pesava 19,8%.

Já a alimentação pesa menos na factura total: se em 2000, 18,7% do total das despesas das famílias ia para produtos alimentares, em 2010/2011 essa proporção baixou para 13,3%.

Em valores absolutos, as famílias portuguesas gastaram, em média, 5.958 euros com habitação (incluindo-se aqui água, electricidade e gás), 2.957 euros em Transporte, e 2.703 euros em produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.

A factura é mais pesada na região de Lisboa (22.384 euros), sendo que no Norte o valor da despesa total anual média, por família, é também superior (20. 671 euros) à média global. É no Alentejo que a despesa média das famílias é a mais baixa (16.774 euros), seguindo-se Açores (17.626 euros) e Madeira (18.586 euros).

Trabalhadores por conta de outrem ganham sete vezes mais do que os por conta própria

O INE fornece outros dados, mas menos actuais. Cifra, por exemplo, o rendimento líquido total médio das famílias portuguesas em 23.811 euros, ou seja uma média de 1.984 euros mensais, mas esse é um valor relativo a 2009, pelo que não é possível comparar com a despesa de 2010/2011 e a partir daí inferir o que resta para poupar.

Os rendimentos do trabalho, acrescenta o INE, representavam 54,5% do rendimento total em 2009 e constutuíam a principal fonte de rendimento em todas as grandes regiões do país. No conjunto dos rendimentos de trabalho, os auferidos por conta de outrem (11.378 euros em média) eram sete vezes superior aos rendimentos por conta própria (1.593 euros em média). Os rendimentos de pensões, com uma média de 4 943€ por agregado familiar, representavam cerca de 21% do rendimento total anual médio, conclui o Instituto.

Tomando como base o rendimento total por adulto equivalente (13.750 euros) apurado pelo inquérito para 2009, diz o INE que se observou um aumento real de 4,5% face ao valor de 13.162 euros relativo a 2005. Um aumento que suavizou as disparidades, uma vez que foi “tanto mais significativo quanto mais baixa é a posição das famílias e dos indivíduos ao longo da escala dos rendimentos”. Os maiores aumentos (9,8% e 9%) verificaram nos rendimentos dos dois decis mais baixos (com rendimentos médos na casa dos quatro mil e seis mil euros, respectivamente), e os menores (3,3% e 1,7%) nos dois mais altos, onde a média supera os 20 mil e os 30 mil euros, respectivamente.

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