Trump diz poder reunir-se com Xi "antes do final do ano" após bom diálogo comercial
O presidente indicou que as delegações comerciais de Pequim e Washington tiveram "uma troca muito boa hoje" na capital sueca, o que lhe permite ser mais otimista sobre a possibilidade de falar cara a cara com Xi.
O presidente dos Estados Unidos disse esta terça-feira que a reunião com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, poderá ocorrer "antes do fim do ano", considerando ter havido um diálogo comercial "positivo" entre delegações de ambos os países, em Estocolmo.
"Espero ansiosamente pela reunião, diria que (pode acontecer) antes do fim do ano. Seria uma forma de fechar um círculo", respondeu Donald Trump, a bordo do Air Force One, a uma pergunta da imprensa sobre um futuro encontro entre ambos os líderes, que já tinha anunciado em junho passado.
O presidente indicou que as delegações comerciais de Pequim e Washington tiveram "uma troca muito boa hoje" na capital sueca, o que lhe permite ser mais otimista sobre a possibilidade de falar cara a cara com Xi.
"Se me tivessem perguntado ontem, não parecia muito bem (...). Scott acabou de me dizer que a reunião de hoje com a China foi muito bem", precisou em referência ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, que lidera a conversa por parte dos EUA juntamente com o representante comercial, Jamieson Greer, entre outros.
A reunião de dois dias em Estocolmo ocorreu após os encontros em Genebra e Londres em maio e junho, respetivamente, e a conversa telefónica entre Trump e Xi, no passado dia 5 de junho, na qual o presidente chinês convidou o seu homólogo americano a Pequim.
Bessent e Greer anunciaram que se reunirão esta quarta-feira com Trump na Casa Branca para informá-lo sobre o andamento das negociações e obter a sua aprovação para a extensão por mais 90 dias da trégua tarifária acordada por ambos os países, que deve terminar a 12 de agosto.
Ambas as partes vinham de tarifas de 145% que os EUA impuseram aos produtos chineses e de 125% que Pequim elevou sobre os americanos, embora durante a pausa Washington tenha reduzido as taxas para 30% e a China para 10%.
Se não chegarem a um acordo antes do fim da trégua, Pequim poderá enfrentar tarifas de 80 ou 85% sobre alguns de seus bens, afirmaram os negociadores americanos.
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