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Vítor Gaspar é o ministro mais popular

Os portugueses parecem não castigar o rosto mais visível da austeridade que lhes está a esvaziar os bolsos. Pelo sexto mês consecutivo, Paulo Macedo é o ministro com menos "saúde", seguido de perto por Álvaro Santos Pereira.

13 de Fevereiro de 2012 às 00:49

O ministro das Finanças consegue 10,4 valores, uma décima a mais do que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. O histórico mostra que os chefes da diplomacia nacional tendem a ter das apreciações mais positivas nos elencos governativos, tal como acontecia, por exemplo, com Luís Amado no anterior Governo.

Em terceiro lugar, "ex-aequo", surgem a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o ministro da Solidariedade Social, Pedro Mota Soares. Ambos progridem de 10,1 para 10,2, de acordo com o barómetro da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã (CM).

Ainda em terreno positivo, todos com 10 valores em Fevereiro, surgem Assunção Cristas (Agricultura e Ambiente), Miguel Macedo (Administração Interna) e José Pedro Aguiar-Branco (Defesa). A ministra apontada pelo CDS recua duas décimas e o ministro recentemente envolvido em polémica com as Forças Armadas recua uma décima, enquanto o responsável pelas "polícias" melhorou uma décima.

No fundo da tabela, Paulo Macedo completa um semestre como o menos popular do Executivo. O porta-voz e imagem dos cortes no sensível sector da Saúde regista em Fevereiro a quarta descida consecutiva, baixando de 8,9 para 8,8 valores.

Com os mesmos 9,3 segue Álvaro Santos Pereira, que lidera o "super-ministério" que abarca pastas como a Economia, Obras Públicas, Transportes, Energia, Comunicações e Emprego. A avaliar pelo barómetro da Aximage, o eleitorado não reagiu (nem positiva nem negativamente) a qualquer dos dois factos que protagonizou no mês anterior: a assinatura do acordo de concertação social para rever a legislação laboral e cortar feriados e a muito gozada sugestão para a exportação dos pastéis de nata.

Na avaliação ao mês em que liderou uma visita a Angola e foi acusado pela oposição de estar ligado ao fim de um programa de crónicas na RDP (em que um dos intervenientes "censurou" a actuação da televisão pública nessa mesma visita), o ministro dos Assuntos Parlamentares e "braço-direito" de Passos Coelho, Miguel Relvas, baixa uma décima e cai para terreno negativo (9,9).

Ir na “má direcção” condena os jovens a viver pior que os pais

A par da avaliação dos responsáveis políticos, a Aximage inquiriu também a amostra sobre o futuro do País e dos jovens portugueses. Comparando com o nível de vida da geração dos pais, 79,8% acha que os jovens de hoje vão ter no futuro um nível de vida pior. Apenas 7,7% arriscam dizer que será melhor, enquanto 8% acreditam que será igual.

E sem contar com a situação presente, só em termos de futuro, como é que os portugueses acham que o País está a ir? Mais de metade (52,2%) responde numa “má direcção”, 33,4% confiam que está a ir na direcção correcta e 14,4% optam pelo “assim-assim”.

FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 277 a homens e 323 a mulheres; 155 no interior, 246 no litoral norte e 199 no litoral centro sul; 170 em aldeias, 220 em vilas e 210 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 1 a 4 de Fevereiro de 2012, com uma taxa de resposta de 73,8%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma “margem de erro” - a 95% - de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.

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