"Não aceitamos generalidades. Queremos um compromisso de facto"
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, reafirma que a proposta atualmente em cima da mesa da Concertação Social para valorizar salários não passa de generalidades e admite, por isso, não assinar o acordo de competitividade e rendimentos em cima da mesa.
"Não aceitamos generalidades. Se querem um acordo, queremos um compromisso de facto, assinado e subscrito, em que o Governo se compromete com o país e com os parceiros sociais", afirmou Carlos Silva, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
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Segundo o sindicalista, a central "não abdica de um referencial mínimo para a negociação coletiva", de 2,7% - que foi proposto inicialmente pelo Governo e que depois foi retirado da discussão.
"Se a UGT não estiver disponível, tenho dúvidas que haja um acordo de concertação social", admitiu Carlos Silva.
Para a central sindical, "tem de haver mensurabilidade das medidas inscritas" no acordo, não só no referencial mínimo para atualizações salariais, mas sobretudo no IRS. Carlos Silva defende que não basta o Governo dizer que quer reduzir o imposto em 2021, tem de se explicitar, na prática, como será feita essa redução.
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Por outro lado, o secretário-geral da UGT lamenta o "silêncio ensurdecedor" dos empregadores em relação ao acordo de concertação social e justifica esta atitude com o facto de já terem conseguido grande parte do que queriam com o Orçamento do Estado, esvaziando um acordo.
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