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Álvaro Santos Pereira interrompido por protestos na apresentação do novo Impulso Jovem

“Trabalhos sim, estágios não” e “queremos trabalho” foram algumas das reivindicações durante a apresentação do novo programa Impulso Jovem.

Bruno Simão/Negócios
18 de Junho de 2013 às 11:33

Cinco jovens interromperam esta manhã o discurso de Álvaro Santos Pereira durante uma sessão para apresentar a reformulação do “Impulso Jovem” para exigirem a demissão do Governo e acusarem o ministro de ser “mentiroso”.

Empunhando cartazes a dizerem que “queremos trabalho” e “trabalhos sim, estágios não”, os cinco jovens protestaram durante cerca de um minuto, tendo sido prontamente evacuados da sala.

Álvaro Santos Pereira manteve a serenidade e aproveitou a oportunidade do protesto para dizer que “estes jovens têm razão quando dizem “queremos trabalho” e nós [Governo e sociedade civil] temos de estar à altura desta exigência”.  

Dois ministros, dois secretários de Estado e uma “simplificação drástica” 

A sessão desta manhã serviu para o Governo apresentar um Impulso de Jovem de cara levada, com características semelhantes às existentes, mas com uma fusão das diversas linhas de apoio existentes. Segundo Álvaro Santos Pereira, trata-se de uma “reformulação”, “nomeadamente fazendo com que seja drasticamente simplificado”.

Na sessão, o Governo fez-se representar em peso. Além de Álvaro Santos Pereira, que tutela este dossier, estiveram presentes Luís Marques Guedes, Ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Pedro Roque Oliveira, Secretário de Estado do Emprego, e Emídio Guerreiro, Secretário de Estado do Desporto e Juventude.

O Impulso Jovem foi criado em Agosto de 2012 com a ambição de abranger 90 mil jovens. No início deste ano, reconhecendo a sua fraca adesão, foi reformulado.

Agora, tendo transitado da tutela de Miguel Relvas para as de Álvaro Santos Pereira, é simplificado e conta com uma nova meta: ter 120 mil jovens envolvidos no espaço de um ano. E, desta vez, “esta meta é para cumprir”, diz Álvaro Santos Pereira.

Até agora, foram aprovadas 11.391 candidaturas, das quais cerca de 9.000 são para estágios e quase 2.300 para redução da taxa social única, segundo o ministro da economia.

A apresentação desta simplificação surge numa altura em que o Conselho Europeu se prepara para formalizar algumas medidas de financiamento a programas de apoio à contratação de jovens na Europa, nomeadamente através de incentivos à contratação por parte de PME e o desbloqueamento de fundos através do Banco Europeu de Investimentos. A Alemanha quer também colocar na agenda o lançamento de um programa de reformas antecipadas na Europa como forma de abrir mais espaço aos jovens no mercado de trabalho, embora a proposta enfrente a resistência da Comissão Europeia.

Também o partido Os Verdes agendou para amanhã no Parlamento uma sessão para discutir o problema do desemprego jovem, que no primeiro trimestre afectava já 42% desta população, segundo o INE. 

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