Precariedade tomou conta do novo emprego e da campanha
Só 27% dos contratos mais recentes são sem termo. Depois de uma legislatura que apostou na agilização dos despedimentos e nos contratos a prazo, a “precariedade” ocupou todos os programas eleitorais. Mas as propostas são muito distintas.
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Licenciou-se em Economia em 2010, esteve um ano a estagiar numa grande empresa de aluguer de automóveis e foi alternando os empregos de curta duração com formações na área das tecnologias de informação. A seguir, foi contratado a prazo por uma corretora de seguros. Saiu passados cinco meses, porque quis. Depois trabalhou mais de um ano num call center, a recibos verdes, apesar de respeitar um horário completo, usar o material da empresa e responder a ordens. Na seguradora de um grande banco também esteve a prazo. Saiu ao fim de seis meses porque não renovaram o contrato. Aos 29 anos, está agora noutro call center, de novo a recibos verdes, quatro horas por dia, enquanto procura novo emprego. "Nunca tive um trabalho estável mas nunca me senti precário. Vivo em casa dos meus pais. Se tivesse de sair talvez visse as coisas de maneira diferente".
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