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Trabalhadores em Portugal são mais qualificados do que patrões

Portugal é o país da União Europeia com maior percentagem de empregadores sem escolaridade ou com o ensino básico. Entre os trabalhadores, nos últimos 10 anos há mais 700 mil com ensino superior.

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trabalho, jovens, financeiro, finanças, investimento, bolsa, corretoras, analista Pedro Catarino
01 de Maio de 2025 às 00:01

O nível de escolaridade dos empregadores em Portugal é inferior aos dos trabalhadores, revela uma análise da Pordata divulgada esta quinta-feira, para assinalar o Dia do Trabalhador.

No ano passado, 42% dos patrões não tinham escolaridade ou tinham apenas o ensino básico, o valor mais elevado entre os 23 dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) para os quais existem dados, assinala o documento. Os empregadores com o ensino secundário representavam 30% e os restantes 28% tinham concluído o ensino superior.

Nos trabalhadores, por seu turno, 34% não tinham escolaridade ou tinham o ensino básico, enquanto o ensino secundário pesava 32% e o ensino superior representava 34%.

O documento sublinha que face a 2014, o número de trabalhadores com ensino superior aumentou 61,8%, ou 700 mil, sendo que em 2014 o seu peso era de apenas 25%.

A Pordata indica ainda que o número de trabalhadores estrangeiros ascendia a 302,2 mil, o que corresponde a 5,9% dos mais de 5,1 milhões de trabalhadores no país. Face aos valores de 2014, o número de estrangeiros a trabalhar em Portugal disparou em 197 mil, quase triplicando os 109,2 mil registados há 10 anos.

No que toca ao salário médio anual ilíquido, em 2023 Portugal era o nono país da UE com o valor mais baixo: 22.933 euros. O valor mais elevado entre os 27 pertencia ao Luxemburgo, com 81.064 euros anuais, e o mais baixo observava-se na Bulgária, onde a remuneração média bruta anual era de apenas 13.503 euros. A média da UE cifrava-se em 37.863 euros.

Também o salário mínimo em Portugal, quando considerado em paridades de poder de compra (PPC) é o décimo mais baixo dos 22 países da UE com salário mínimo, já neste ano de 2025. Em duas décadas, Portugal foi ultrapassado pela Polónia, Lituânia e Roménia, assinala a Pordata.

Segundo os últimos dados disponíveis, quase 1 em cada 4 trabalhadores em Portugal (22,8%) tinham um salário base equivalente ao salário mínimo nacional, em 2022. A proporção de trabalhadores a receber o SMN era, naquele ano, mais elevada entre as mulheres (27,1%), os jovens (36,1%), aqueles com escolaridade até ao ensino básico (32,9%) e os trabalhadores de nacionalidade estrangeira (38,0%).

As quatro maiores empresas presentes em Portugal - nacionais ou estrangeiras - empregam cerca de 76 mil pessoas, o que corresponde a 1,6% do total.

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