Linhas de produção da Autoeuropa “não vão arrancar”

Na fábrica de Palmela a adesão à greve geral no primeiro turno não permite arrancar a produção, garante o coordenador da comissão de trabalhadores.
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Foto: Rui Minderico Secretários-gerais da CGTP e UGT no início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Lideres do PCP e Bloco de Esquerda no início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Greve geral afeta produção na Autoeuropa em Palmela Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Início da greve geral na Autoeuropa Foto: Rui Minderico Rogério Nogueira, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, com Mário Mourão, secretário-geral da UGT
Catarina Almeida Pereira 00:25

As linhas de produção da Autoeuropa “não vão arrancar”, disse esta quarta-feira Rogério Nogueira, coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, no arranque da greve geral.

“Temos já a informação do interior da fábrica que as linhas de produção não vão arrancar”, afirmou, à entrada da fábrica de Palmela, onde se juntaram dezenas de dirigentes políticos e sindicais.

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O anúncio foi feito pouco depois do início do primeiro turno abrangido pelo pré-aviso de greve, que numa situação normal tem cerca de 900 trabalhadores a entrar pelas 23:40.

A Autoeuropa produz atualmente o modelo T-Roc e da linha de montagem saem cerca de 955 carros por dia, sobretudo para exportação (99,1%) e para o mercado europeu.

De acordo com os dados do INE, referentes ao ano passado, o impacto da fábrica de Palmela foi de 1,6% do produto interno bruto (PIB), representando 4,5% das vendas de bens ao exterior, mantendo-se como a segunda principal exportadora do país. Em 2024, empregava mais de 4.800 trabalhadores.

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A paralisação convocada pela CGTP e pela UGT pretende contestar a proposta de alterações ao Código do Trabalho apresentada em julho pelo Governo. O anteprojeto, que ainda não seguiu para o Parlamento,  alarga serviços mínimos nas grevesfacilita o processo de despedimentos por justa causageneraliza possibilidade de não reintegração em caso de despedimento ilícito, aumenta a duração dos contratos a prazo, recupera o banco de horas por negociação individualdescriminaliza o trabalho não declarado, e abre a porta à redução de custos com horas extraordinárias e teletrabalho, entre outras alterações que aquiresumimos e que justificam a quinta paralisação conjunta das duas centrais sindicais - a primeira desde 2013. 

*Com Paulo Ribeiro Pinto

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