O salário médio está a crescer menos, quer em termos nominais quer em termos reais. Em março, avançava 2,9% face ao mesmo período do ano anterior.

Os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que a remuneração total bruta aumentou em março 5,3% em termos nominais e face ao ano anterior, para uma média de  1.525 euros. Trata-se de uma desaceleração face ao que foi registado em dezembro (6,4%).

Em termos reais, ou seja, descontando a inflação, o salário médio total sobe 2,9% no trimestre terminado em março, e também face ao mesmo período do ano anterior, quando em dezembro crescia 3,7%.

"Em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2024, assistiu-se a uma desaceleração dos preços (de 2,6% para 2,3%) e a uma desaceleração das remunerações reais (de 3,4% para 2,8% no caso das remunerações base, por exemplo)", conclui o INE

Os aumentos no salário médio foram superiores no Estado, já que a remuneração total média das administrações públicas subiu 6,3% para 2.021. Em termos reais, trata-se de um aumento de 3,9%, bem acima do privado (2,8%) e, logo, da média da economia (2,9%).

No caso do privado, os maiores aumentos foram registados na agricultura e pesca (8,5% em termos nominais) e os menores nas atividades artísticas e desportivas (1,8% em termos nominais).

Nas empresas mais pequenas (que têm 1 a 4 trabalhadores) o aumento foi mais alto (6,5%) do que nas grandes empresas que têm entre 250 a 499 trabalhadores (3,9%).

Estes dados têm por base a informação relativa a 4,7 milhões de postos de trabalho de beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 2,3% do que no mesmo período de 2024.

Notícia atualizada pelas 11:41 com mais informação