Feijóo determinado em formar governo em Espanha. Sánchez comemora "fracasso" da direita

Numa noite marcada pela incerteza sobre o futuro governativo em Espanha, os líderes partidários comemoraram os resultados nas eleições deste domingo, em que ninguém conseguiu maioria absoluta.
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Leonor Mateus Ferreira 23 de Julho de 2023 às 23:44

"Vou iniciar o diálogo para formar governo e peço que ninguém tente bloquear novamente Espanha". O presidente do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, reagiu assim aos resultados eleitorais deste domingo no país. Apesar de ter sido o grande vencedor da noite, não conseguiu maioria absoluta, mas diz estar determinado em liderar o próximo Executivo.

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O PP conseguiu 33% dos votos (contra 21% em 2019), o que significa 136 dos deputados no parlamento, mas precisava de 176 para formar governo sozinho. Ainda assim, Feijóo celebrou o crescimento do partido, que venceu em 40 das 52 províncias e comunidades autónomas de Espanha. "Nunca antes o nosso partido subiu com tanta intensidade em eleições gerais. Ultrapassamos o PSOE em votos e em mandatos", disse.

"Temos uma grande maioria que é provável que seja uma maioria absoluta no Senado", referiu o líder do PP. "Amigos, conseguimos um resultado que há pouco mais de um ano e meio parecia impossível. Qual é a nossa obrigação agora? A nossa obrigação agora é que não se abra um período de incerteza em Espanha", acrescentou, reforçando o pedido que "ninguém" tente bloquear o país.

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Esse risco foi referido igualmente pelo presidente do Vox - um perdedor da noite ao conseguir menos 19 mandatos (ficou com 33), o que não chega para uma maioria absoluta em conjunto com PP.

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Santiago Abascal começou o seu discurso por celebrar o resultado do PP: "Quero dar os parabéns a Feijóo, como vencedor das eleições", disse. Contudo, apontou "uma má notícia para muitos espanhóis": o líder do PSOE, "mesmo tendo perdido as eleições, pode bloquear uma investidura e, pior ainda, Pedro Sánchez pode até tomar posse com o apoio do comunismo, do movimento golpista pró-independência e do terrorismo", criticou.

 

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Sánchez comemora "fracasso" da direita

O atual primeiro-ministro, Pedro Sánchez, comemorou o resultado das eleições, apesar de o PSOE ter sido ultrapassado pelo PP. "Conseguimos mais votos, mais lugares no parlamento e maior percentagem do que há quatro anos", começou por dizer o líder socialista. Sánchez celebrou a vitória do bloco de centro-esquerda. "O bloco de retrocesso, que propunha a revogação dos avanços dos últimos quatro anos, fracassou", afirmou numa referência ao PP e ao Vox. 

O PP ficou com 122 mandatos e terá de recorrer a parcerias com partidos mais pequenos para pensar em propor-se a formar governo. É o caso da plataforma de esquerda, Sumar, cuja líder Yoland Díaz também destacou o desempenho da direita.

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"Havia muita gente preocupada e hoje vão dormir mais tranquilos", disse Yolanda Díaz, a partir da sede madrilena do partido, que chega ao parlamento com 31 deputados. "Ganhámos. Hoje temos um país melhor", comemorou, deixando a promessa: "A partir de amanhã iniciarei um diálogo com todas as forças progressistas do nosso país para garantir o Governo em Espanha".

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