Governo alemão aprova alívio fiscal sobre as empresas de 46 mil milhões de euros
Diploma aprovado esta quarta-feira inclui deduções fiscais a novas máquinas e veículos elétricos, de acordo com uma proposta consultada pelo Financial Times. Imposto federal desce a partir de 2028.
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O Governo de Friedrich Merz aprovou esta manhã um pacote de incentivos fiscais às empresas no valor de 46 mil milhões de euros até 2029, numa tentativa de contrariar os riscos de estagnação da maior economia do Euro, indicam as agências de notícias.
De acordo com o Financial Times, que teve previamente acesso a uma versão do diploma o pacote preparado pelo ministro das Finanças, o social-democrata Lars Klingbeil, inclui deduções fiscais de 46 mil milhões de euros até 2029 que inclui deduções para novas máquinas, equipamentos e elétricos.
O pacote, que precisa de ser aprovado pelo Parlamento, inclui benefícios para as empresas que comprem veículos elétricos com um preço de tabela de 100 mil euros, segundo detalha a Reuters.
“Depois de um período de estagnação económica, é importante aumentar significativamente o potencial da economia alemã”, lê-se no projeto de diploma citado na edição desta quarta-feira pelo jornal britânico, ainda antes da aprovação. O objetivo é “enviar um sinal forte sobre a competitividade da Alemanha, a curto e longo prazo, como local de sede das empresas”.
Assim, a partir de 1 de Julho, as empresas poderão deduzir 30% do custo de novas máquinas e outros equipamentos anualmente, entre 2025 e 2027.
A partir de 2028, o imposto federal sobre as empresas, que é de 15%, desce um por cento ao ano até chegar a 10%. Manter-se-á no entanto o imposto municipal de 14%, com o objetivo de descer a taxa global para 24%, descreve ainda o FT.
As reações da indústria foram positivas, embora haja quem defenda que deviam ir mais longe.
"Nas primeiras medidas anunciadas faltam incentivos às pequenas e médias empresas", disse Dirk Jandura, presidente da Federação Alemã de comércio grossista, exterior e serviços (BGA). "A situação aqui continua dramaticamente má", acrescentou, citado pela Reuters. "As nossas empresas precisam de um maior alívio fiscal para voltarem a ser competitivas a nível internacional", sustenta.
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