Zelensky promete encontro "em breve" com Donald Trump

A Ucrânia apresentou nesta semana um plano de paz composto por 20 pontos. Apoio militar dos aliados em caso de invasão russa é uma das garantias que o líder ucraniano quer garantir.
Zelensky espera um encontro breve com Donald Trump
Sergey Dolzhenko / Lusa - EPA
Rui da Rocha Ferreira 08:14

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta sexta-feira que tenciona reunir com o Presidente americano, Donald Trump, "em breve". O anúncio sinaliza que as negociações para um plano de paz na Ucrânia continuam a desenrolar-se e que um acordo entre as partes poderá ser alcançado a curto ou médio prazos.

"Não estamos a perder um único dia. Acordamos um encontro ao mais alto nível – em breve com o Presidente Trump. Há muito que pode ser decidido antes do Ano Novo", lê-se na mensagem publicada por Zelensky na rede social X.

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A declaração surge depois de Zelensky ter reunido com Rustem Umerov, o enviado ucraniano para as negociações do plano de paz com os norte-americanos.

De recordar que nesta semana a Ucrânia apresentou uma nova proposta para o plano de paz com a Rússia, composto por 20 pontos e com o qual os EUA terão concordado em grande medida.

Entre as propostas do plano estão a possibilidade de a Ucrânia ter um exército com 800 mil efetivos e que será financiado, em parte, pelos países da União Europeia, grupo ao qual a Ucrânia também se deverá juntar, sendo esta outra garantia prevista no plano.

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Outros pontos do plano deverão incluir um pacto de não agressão entre ucranianos e russos, garantias semelhantes ao artigo 5.º da NATO, asseguradas pelos EUA e países europeus (ou seja, os aliados darão uma resposta militar em caso de invasão russa) e a Ucrânia compromete-se a ser um país sem armas nucleares.

Outros pontos continuam mais incertos, por exemplo, sobre o que acontecerá aos territórios sob domínio russo no leste da Ucrânia, e sobre o que acontece à central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa (sendo que existe a possibilidade de a sua gestão vir a ser dividida entre ucranianos, russos e americanos).

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