Como os eurodeputados portugueses votaram a Comissão Juncker
Eurodeputados portugueses dividem-se quanto as expectativas para a nova Comissão Europeia, com socialistas e sociais-democratas a saudarem a nova equipa, que aprovaram, enquanto PCP e BE consideram que manterá as políticas erradas da 'Comissão Barroso'.
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"Foi um discurso arejado [o de Jean-Claude Juncker hoje]. Sem dúvida que deixou sinal do seu compromisso europeu, de ter em atenção o investimento, mas também as questões sociais e a disciplina orçamental", disse Paulo Rangel à Lusa, no final da votação no Parlamento Europeu, em que foi aprovada na globalidade a nova Comissão europeia, liderada por Jean-Claude Juncker, e que iniciará funções a 1 de Novembro.
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Os problemas ao nível económico e na política externa são para o social-democrata, que foi o cabeça-de-lista da "Aliança Portugal" (PSD e CDS-PP) nas últimas eleições europeias, os principais desafios da nova equipa.
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Já para o eurodeputado socialista Carlos Zorrinho, o discurso de Juncker foi de "contraste marcante com o discurso de despedida de Durão Barroso", o ainda presidente da Comissão Europeia. O socialista considera que Juncker tem "muitas ideias interessantes", com destaque para o pacote de investimento de 300 mil milhões de euros, aposta no crescimento verde e na economia sustentável, mas também antecipa "muitos obstáculos" na execução das suas intenções.
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Já o deputado comunista João Ferreira disse à Lusa que, "pese embora a retórica que associa a Comissão [de Jean-Claude Juncker] a um novo ciclo, no concreto as propostas são de continuidade com os 10 anos da 'Comissão Barroso'".
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No mesmo sentido, Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, disse que não vê que a 'Comissão Juncker' "seja diferente" da que agora se despede, liderada por Durão Barroso.
O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, a 'Comissão Juncker', que inicia o mandato no início de Novembro, por 423 votos a favor, 209 contra e 67 abstenções.
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Os eurodeputados do PSD, CDS-PP e PS aprovaram a Comissão, com excepção da socialista Liliana Rodrigues, mas por discordar da pasta da Cultura atribuída ao comissário da Hungria. Também José Inácio Faria, do Partido da Terra, votou a favor. Já os deputados do PCP e do Bloco de Esquerda chumbaram. António Marinho Pinto não surge na lista de votantes.
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O novo colégio de comissários terá ainda que ser formalmente nomeado pelo Conselho Europeu, que se reúne na quinta e sexta-feira, em Bruxelas.
O mandato da Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker inicia-se no dia 1 de Novembro, no dia seguinte ao final do segundo mandato de José Manuel Durão Barroso, que esteve dez anos na presidência do executivo comunitário.
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