Governo suspende regras de comissões de serviço para preparar presidência da UE
O Governo decidiu suspender transitoriamente o regime aplicável às comissões de serviço do pessoal especializado do Ministério dos Negócios Estrangeiros na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), em Bruxelas, visando já a presidência portuguesa da União Europeia no primeiro semestre de 2021.
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Frisando o papel determinante deste organismo na "preparação, coordenação e exercício efetivo da presidência", com esta medida o Executivo quer medida "garantir a disponibilidade dos recursos humanos mais aptos e especializados que possam, no âmbito daquela missão diplomática, preparar, coordenar e conduzir as ações, muitas vezes de caráter interministerial, necessárias ao exercício da presidência portuguesa".
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"A excecionalidade da situação exige, assim, alguma flexibilidade na gestão dos recursos humanos, designadamente quanto aos prazos máximos normalmente aplicáveis à rotação de funcionários do quadro especializado do Ministério dos Negócios Estrangeiros que desempenham funções na REPER, com vista a um eficaz aproveitamento da sua experiência", lê-se no diploma publicado em Diário da República esta segunda-feira, 5 de agosto, que mexe com os limites máximos e também simplifica a renovação das comissões de serviço em curso.
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Portugal assume a 1 de janeiro de 2021 aquela que será a sua quarta presidência do Conselho Europeu, constituído pelos chefes de Estado e de Governo da UE. Exercida rotativamente pelos Estados-membros por períodos de seis meses, já coube a Portugal em 1992, 2000 e 2007, tendo ficado essa última experiência marcada pelo fecho e pela assinatura do Tratado de Lisboa.
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"Trio" com Alemanha e Eslovénia
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Após a entrada em vigor do tratado, em 2009, estas presidências passaram a organizar-se em "trios", em que os três Estados-membros que as exercem consecutivamente apresentam um programa conjunto. O próximo ciclo inicia-se no segundo semestre de 2020, com a presidência da Alemanha, a que se segue a de Portugal e, no segundo semestre de 2021, a da Eslovénia.
O programa do trio de presidências fixa objetivos, temas e questões principais para os 18 meses, e é depois complementado pelo programa, mais pormenorizado, de cada uma das presidências. Durante um encontro preparativo com o homólogo esloveno, em janeiro de 2018, o primeiro-ministro, António Costa, definiu como prioridade para Portugal completar a União Económica e Monetária (UEM).
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Em março deste ano, o Conselho de Ministros aprovou a criação de uma Estrutura de Missão para a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, "de caráter temporário", com a responsabilidade de "assegurar a preparação, coordenação e exercício" da presidência portuguesa. O mandato desta estrutura termina a 31 de dezembro de 2021, com a divulgação de um relatório da atividade desenvolvida durante aquele semestre, e os encargos orçamentais serão inscritos no orçamento do Ministério dos Negócios Estrangeiros para os anos de 2019 a 2021.
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