França e Alemanha querem retaliar países parceiros da Rússia
Líderes europeus querem sanções "secundárias", aplicadas a países que fazem negócio diretamente com a Rússia e que estão a suportar, de forma indireta, a invasão da Ucrânia.
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É uma escalada diplomática. O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, pediram nesta sexta-feira a aplicação de sanções aos países parceiros da Rússia. Os líderes acreditam que esta é uma das formas de aumentar pressão sobre Vladimir Putin para chegar a um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.
As duas maiores economias da União Europeia pedem medidas direcionadas para "as empresas de países terceiros que suportam os esforços de guerra da Rússia", cita a Bloomberg. O objetivo, não escondem, é "exercer o máximo de pressão" sobre a Rússia.
A tomada de posição mais dura surge na semana em que Kiev sofreu um mortífero ataque russo e que atingiu o edifício da delegação europeia na Ucrânia e numa altura em que as negociações de paz perderam gás.
Apesar de várias reuniões entre o Presidente dos EUA, da Ucrânia, da Rússia e de vários países europeus (em diferentes momentos), o cenário de cessar-fogo na Ucrânia continua, por agora, longe de ser uma realidade.
A tomada de posição conjunta da Alemanha e da França também deverá servir para "convidar" Donald Trump a exercer novas pressões sobre a Rússia. De recordar que os EUA já estão a aplicar, por exemplo, uma taxa aduaneira adicional de 25% sobre as importações indianas, por considerar que o petróleo russo comprado pela Índia está a ajudar a financiar a guerra na Ucrânia.
Os dois líderes vão agora procurar o apoio de outros países da União Europeia para "estender e desenvolver sanções robustas e efetivas".
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