Banco de Espanha situa impacto da crise catalã entre 0,3% e 2,5% do PIB
O Banco de Espanha antecipa que a crise na Catalunha poderá ter um impacto entre 0,3% e 2,5% do PIB até 2019, dependendo da dimensão e duração das perturbações.
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No seu relatório semestral sobre estabilidade financeira, divulgado esta quinta-feira, 2 de Novembro, a autoridade monetária destaca que, até ao momento, não há elementos quantitativos que indiquem que tenha havido uma deterioração da actividade económica devido à crise política.
Ainda assim, para antecipar as consequências futuras na economia do país vizinho, os especialistas traçaram dois cenários em função da intensidade e duração da instabilidade em torno da região autonómica.
No primeiro cenário, mais suave, a economia cresceria menos três décimas do que anteriormente previsto, enquanto no cenário mais extremo, o impacto seria de 2,5% do PIB nos próximos dois anos.
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No cenário menos severo, o nível de risco aumenta no trimestre actual e volta ao nível normal nos primeiros meses de 2018. No segundo cenário, a incerteza só se dissipa no final do próximo ano, atingindo um nível semelhante ao do segundo trimestre de 2012, quando parte do sistema financeiro foi alvo de um resgate.
Segundo o Expansión, esta não é a primeira vez que o Banco de Espanha alerta para as consequências económicas que a eventual independência da Catalunha teria nessa região e no resto do território de Espanha.
Em Setembro do ano passado, Luis Linde, governador do Banco de Espanha, lembrou que, nesse cenário, a Catalunha não pertenceria à região da moeda única, e há pouco mais de um mês, o serviço de estudos do supervisor sinalizou que as "tensões políticas na Catalunha podiam afectar a confiança dos agentes e as suas decisões de gastos, assim como as condições de financiamento".
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