Costa espera que Bruxelas não conte despesas com incêndios no défice
A despesa extraordinária decorrente dos incêndios que assolaram Portugal ao longo dos últimos quatro meses não deverá ser contabilizada para efeitos do cálculo do défice orçamental.
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Foi esta a posição defendida pelo primeiro-ministro português no Conselho Europeu que decorreu esta quinta e sexta-feira, 20 de Outubro, em Bruxelas, e que, pelo menos, teve respaldo do comissário dos Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici.
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Sobre esta matéria, na conferência de imprensa dada ao final desta manhã ainda na capital belga, António Costa disse esperar "que o Conselho Europeu venha a acolher favoravelmente a posição do comissário Moscovici" que ontem falou sobre o "tratamento a dar à relevância das despesas do combate aos incêndios para efeitos do tratamento do défice português".
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Esta quinta-feira, Moscovici defendeu que Bruxelas deve ter um procedimento idêntico ao seguido na análise dos gastos de vários países-membros com as ameaças terroristas e securitárias e com os terramotos (Itália), vistas como "circunstâncias excepcionais".
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Nesse sentido, Moscovici espera que prevaleça "uma abordagem inteligente e humana face às despesas públicas das autoridades portuguesas para fazer face aos incêndios, e que sejam consideradas circunstâncias excepcionais no quadro de avaliação do orçamento". Para 2017, o Governo português esperava atingir um défice de 1,4% do PIB, enquanto para 2018 a proposta do Orçamento do Estado fixa a meta em 1% do produto.
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O chefe do Governo luso anunciou ainda que Portugal e Espanha acordaram trabalhar em conjunto "para apresentar um pedido comum" para accionar o Fundo de Solidariedade da União Europeia para colmatar os danos provocados pelos fogos das últimas semanas.
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"Assim contamos poder ter junto da Comissão Europeia, cada um de nós, maior eficácia na obtenção destes resultados", explicou Costa que também revelou que a União Europeia está a estudar a "criação de uma força europeia de protecção civil".
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Esta ideia parte da "recuperação da proposta do antigo comissário [Michel] Barnier", adiantou António Costa que sublinhou que a criação de uma protecção civil de âmbito comunitário foi já ontem abordada "publicamente por vários membros da Comissão e também pelo presidente do Parlamento Europeu".
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Barnier, que é agora o responsável pela condução, do lado da UE, das negociações em torno do Brexit, esteve neste Conselho Europeu para falar sobre a saída britânica, acabando por também explicar mais detalhadamente a sua proposta. Esta quarta-feira, durante o debate quinzenal realizado no Parlamento, António Costa já tinha sinalizado a expectativa de que Bruxelas considere o carácter extraordinário do agravamento da despesa em resposta aos incêndios. O líder socialista sublinhou, porém, que a meta do défice não será o único objectivo a ser sacrificado. Já em Bruxelas, esta quinta-feira o primeiro-ministro tinha revelado que o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, mostrou disponibilidade para a agilizar o Fundo Europeu de Solidariedade cujo desbloqueamento está sempre dependente de uma enorme carga burocrática. O primeiro-ministro regressa desta cimeira europeia com boas notícias, até porque, também na quinta-feira, o vice-presidente da Comissão, Jyrki Katainen, lembrou que além do Banco Europeu de Investimento (BEI), poderão também ser atribuídos fundos a Portugal no âmbito do Plano Juncker, designadamente através do
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Esta quarta-feira, durante o debate quinzenal realizado no Parlamento, António Costa já tinha sinalizado a expectativa de que Bruxelas considere o carácter extraordinário do agravamento da despesa em resposta aos incêndios. O líder socialista sublinhou, porém, que a meta do défice não será o único objectivo a ser sacrificado.
Já em Bruxelas, esta quinta-feira o primeiro-ministro tinha revelado que o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, mostrou disponibilidade para a agilizar o Fundo Europeu de Solidariedade cujo desbloqueamento está sempre dependente de uma enorme carga burocrática.
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(Notícia actualizada às 13:30)
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