Católica sugere maior determinação no cumprimento das metas orçamentais
O défice do ano passado deverá ter fechado numa marca próxima de 3% do PIB, se não forem contabilizado o impacto da resolução do Banif. As contas são do Núcleo de Estudos da Universidade Católica (NECEP), que acredita que Portugal tinha a ganhar se mostrasse mais empenho no cumprimento das metas orçamentais.
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"2015 deverá ter fechado com um défice próximo dos 3% do PIB na óptica de Maastricht, isto é, sem contabilizar os efeitos one-off. Contudo, caso se considerem esses efeitos pontuais predominantemente associados ao Banif, o défice poderá elevar-se a cerca de 4,5% do PIB", lê-se no relatório da Católica.
Os economistas adiantam que, desta forma, a saída do Procedimento por Défices Excessivos - que implica um défice nominal inferior a 3% do PIB - "continua envolta em incerteza".
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Já esta semana, os técnicos do Parlamento abordaram esta questão numa nota de análise às contas públicas do terceiro trimestre, mas foram mais peremptórios, afirmando que para que o procedimento fosse encerrado era preciso que o défice ficasse abaixo de 3% e lembrando que na hora de apurar o valor do défice nominal a Comissão Europeia inclui as medidas extraordinárias.
Os técnicos da Universidade Católica acreditam assim que a saída do PDE "poderia beneficiar de um maior determinismo no cumprimento das metas orçamentais por parte das autoridades portuguesas". A Unidade Técnica de Apoio Orçamental já referiu que se ficar provado que a derrapagem no défice se deveu à ajuda à banca, Portugal pode ter mais um ano para sair do procedimento.
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Quanto à dívida pública, os economistas da Católica antecipam que o rácio vai fechar em 130,2% do PIB, já contando com o Banif e com o crescimento nominal do PIB que aconteceu no terceiro trimestre. Se este valor se confirmar, Portugal falha a meta traçada para 2015 e que fixava o rácio de dívida pública em 125,2% do PIB. No entanto, a Católica destaca a "estabilização" face a 2014, quando o rácio da dívida pública ficou em 130,2%.
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