"Não haverá aumento de impostos em 2015"

O Governo garante que "não haverá aumento de impostos em 2015 ou esforços adicionais sobre salários ou pensões."
"Não haverá aumento de impostos em 2015"
Ana Luísa Marques 15 de Abril de 2014 às 14:29

Luís Marques Guedes, ministro da Presidência, garantiu esta terça-feira, 15 de Abril, que não estão previstos aumentos de impostos em 2015 ou esforços adicionais sobre os salários e as pensões.

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O ministro da Presidência deixou esta garantia no final de um conselho de ministros extraordinário, onde foram aprovadas medidas que correspondem a 0,8% do produto interno bruto (PIB), o equivalente a 1.400 milhões de euros, referindo-se a impostos sobre o rendimento das pessoas. 

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Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, sublinhou, mais tarde, que as medidas hoje aprovadas pelo Governo "não implicam sacrifícios adicionais". Ainda assim, a reponsável pela pasta das Finanças destacou que, apesar de o Governo ter reduzido em um terço o pacote de austeridade para 2015, não "há margem, nem folga" para descida de impostos. "Com grande pena o afirmo: não existe nem margem nem folga", disse Maria Luís Albuquerque, rejeitando colocar em cima da mesa qualquer alívio fiscal para o próximo ano.

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"Se o défice [orçamental de 2014] for melhor do que o previsto, isso significa melhores perspectivas para 2015. Mas continuamos a falar de um défice. Apesar das supostas folgas continuamos a gastar mais do que produzimos", sublinhou a ministra das Finanças, acrescentando que "objectivo do Governo é eliminar" o défice e para isso o "esforço terá que continuar".

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A ministra das Finanças falava no final do Conselho de Ministros onde foi aprovado o roteiro de medidas que servirá de base à proposta de Orçamento do Estado de 2015 que terá de ser apresentada até Outubro. O Governo precisa, no entanto, de cumprir agora esta etapa para que a troika possa dar por terminada a 11ª avaliação do programa de ajustamento português e proceder à correspondente transferência de uma nova, a penúltima, parcela do empréstimo externo.

 

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As medidas para 2015 serão ainda incluídas no Documento de Estratégia Orçamental (DEO). Trata-se de um roteiro de horizonte mais dilatado (2015-2017), que terá de ser aprovado até ao fim deste mês de Abril e entregue a Bruxelas no âmbito do chamado "Semestre Europeu" que enquadra a coordenação das políticas económicas dos países da União Europeia.

 

(Notícia actualizada às 15h20)

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