OE 2025 é um orçamento “ao centro”, diz Álvaro Beleza
Álvaro Beleza, presidente da Sedes – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social – e membro da comissão política do PS, defende o Orçamento do Estado já aprovado pelo Parlamento para o próximo ano é um orçamento "ao centro".
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"Temos um Governo minoritário, não há uma coligação e, portanto, o orçamento é o espelho da Assembleia da República", diz em entrevista ao Negócios e Antena 1 no programa Conversa Capital.
O documento, admite, "foi muito alterado em relação àquilo que o Governo queria". "É a vida, faz parte. Grande parte das democracias, e democracias consolidadas europeias, estão habituadas a governar assim", argumenta, sendo um processo a que, "em Portugal, estamos pouco habituados".
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"Estamos muito habituados a poder absoluto. Há muito aquele sistema de que temos que ter maioria absoluta. Temos dificuldade em governar em minoria, em partilhar, em ceder, em negociar, em ter paciência, em conversar educadamente, sem drama", refere.
Mas o resultado representa um orçamento "mais consensual". "Vamos ter um orçamento mais do meio. Orçamento em que o PS conseguiu alguns ganhos de causa e o Governo teve de ceder. É um orçamento mais ao centro".
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reclamou o documento como seu, mas co-responsabilizou PS e Chega devido às medidas introduzidas à revelia do Governo. Nomeadamente, entre outras, com a proposta de reforço na atualização de pensões em 1,25 pontos percentuais a partir de janeiro.
A aprovação final do OE foi garantida com os votos a favor do PSD e do CDS e a abstenção do PS, enquanto Chega, Iniciativa Liberal, PAN, Livre, PCP e Bloco de Esquerda votaram contra.
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