Presidente do CFP admite "preocupações em relação à trajetória de certa despesa pública"
A presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré da Costa Cabral, reitera que há riscos de que a despesa líquida entre 2025 e 2028 seja superior à prevista pelo Governo e admite "preocupação" em relação à trajetória de "certa despesa pública", nomeadamente na área da Saúde, numa entrevista ao Eco publicada esta quarta-feira.
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"Não obstante o desempenho favorável do ponto de vista orçamental que se perspetiva mesmo para este ano, tenho algumas preocupações em relação à trajetória de certa despesa pública, nomeadamente alguma despesa corrente que sofreu um aumento muito significativo, sobretudo em áreas particulares", refere a responsável do CFP, dando como exemplo a despesa no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Nazaré da Costa Cabral destaca que, neste momento, há um conjunto de "novas pressões", "muito fortes", sobre a despesa e sublinha que é urgente um exercício de revisão da despesa no SNS, onde "tem havido sempre uma aceleração no crescimento da despesa". Só no ano passado, dá conta de que a despesa no SNS aumentou "na ordem dos 9%", sem contar com os aumentos salariais dos médicos e enfermeiros.
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"Contando com todas as medidas que foram adotadas – a dedicação plena dos profissionais de saúde, os novos centros de responsabilidade integrada, a criação de uma nova carreira de técnico auxiliar, as medidas de compensação, por exemplo, pelas urgências que os médicos realizam – determinou só em despesa com pessoal um aumento de 12%. É incomportável, é insustentável manter uma situação destas para futuro", salienta.
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