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Finanças a Schäuble: Não está a ser preparado um novo resgate

O Ministério das Finanças já respondeu à declaração de Schäuble (mais tarde corrigida) em que terá dito que Portugal vai solicitar "um novo programa e vai tê-lo". Do Terreiro do Paço vem a garantia de que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira".

Mário Centeno ministro Finanças Parlamento audição
Mário Centeno ministro Finanças Parlamento audição Miguel Baltazar
29 de Junho de 2016 às 17:21

As declarações feitas em Berlim esta quarta-feira, 29 de Junho, pelo ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, não ficaram sem resposta. O Ministério das Finanças português afiança que "não está em consideração qualquer novo plano de ajuda financeira a Portugal".

 

Schäuble, segundo as agências Reuters e Bloomberg, garantiu que o Estado português vai solicitar "um novo programa e vai tê-lo", para depois emendar a mão dizendo que Portugal "não quer, nem precisa" de um novo programa de assistência financeira.

 

O governante germânico acrescentou depois que "Portugal está a cometer um erro grave se não cumprir os compromissos assumidos". "Os portugueses não querem [um segundo resgate], e também não precisarão dele se cumprirem as regras europeias", disse o ministro alemão que concluiu afirmando que "têm de cumprir as regras europeias, caso contrário enfrentarão dificuldades".

 

Pouco mais de uma hora depois de a notícia ter sido difundida nos vários órgãos de comunicação social, o ministério tutelado por Mário Centeno sentiu-se na necessidade de prestar um esclarecimento, mesmo que as afirmações de Wolfgang Schäuble tenham sido, como diz o comunicado do Governo, "imediatamente corrigidas pelo próprio".

 

"O Governo continua e continuará focado no cumprimento das metas estabelecidas para retirar Portugal do Procedimento por Défices Excessivos. O mais recente sinal disso são os dados da execução orçamental conhecidos até ao momento", pode ainda ler-se na resposta enviada às redacções no dia em que, numa entrevista concedida ao jornal Público, Centeno admitiu que a economia portuguesa deverá crescer menos do que consta nas previsões governamentais, que a oposição tem classificado de "irrealistas".

Durante o próximo mês de Julho Portugal, assim como Espanha, ficará a saber se será, ou não, alvo de sanções por parte da Comissão Europeia por, em 2015, ter registado um défice orçamental superior a 3% do PIB, adiando dessa forma a saída do procedimento por défices excessivos.  

(Notícia actualizada às 17:29)

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