Uma profusão de Parcerias Público-Privadas (PPP),  soluções de receitas extraordinárias que desafiam a imaginação dos melhores peritos em finanças e exercícios de desorçamentação de despesas via empresas públicas não impediram que Portugal registe um dos piores desempenhos da Europa em matéria de controlo das suas contas públicas. Em 2009, já contava com um aviso e duas aberturas de Procedimentos dos Défices Excessivos (PDE) pela Comissão Europeia, situação em que aliás ainda se encontra. Os desenvolvimentos da crise financeira pós-2009 só vieram agravar a frágil e indisciplinada situação orçamental nacional. Todos os ministros, sem excepção, andaram a correr contra o prejuízo.