Governo só admite debater reestruturação da dívida "em termos europeus"

O Governo está aberto para debater a reestruturação da dívida. No entanto, Mário Centeno avisou que Executivo não suscitará esse debate e só o fará "quando se colocar em termos europeus".
debate orçamento do estado mário centeno
Bruno Simão/Negócios
Marta Moitinho Oliveira 23 de Fevereiro de 2016 às 11:39

O ministro das Finanças admitiu, esta terça-feira, diferenças de opinião com o PCP sobre a dívida pública, mas admitiu que o executivo está aberto para debater a reestruturação da dívida. No entanto, Mário Centeno avisou que Executivo não suscitará esse debate e só o fará "quando se colocar em termos europeus".

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O governante falava no segundo dia de debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2016 e respondia a uma pergunta do deputado comunista Paulo Sá.

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Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Antonio Costa, evitou o assunto durante o primeiro dia de debate, apesar das várias questões colocadas, pela esquerda, mas também pela direita. À saída do plenário, o líder parlamentar do PS, Carlos César, adiou o tema para depois do Orçamento.

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Esta terça-feira, o ministro das Finanças foi mais além do que o Governo tem dito, perante a pressão do PCP e do Bloco de Esquerda, que se preparam para apresentar projectos de lei para que a dívida pública seja reestruturada.

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"Não temos necessariamente a mesma posição" sobre a reestruturação da dívida, disse Mário Centeno dirigindo-se para o deputado do PCP. O governo está "aberto" para esse debate, mas "não o suscitará", estendo disposto a entrar nesta difusão "quando se colocar em termos europeus".

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A dívida pública ronda os 130% do PIB, com os juros a pesarem 4,6% na riqueza total produzida.

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Há um ano, o secretário-geral do PS defendeu, em entrevista ao Público, ter sempre recusado "que a renegociação da dívida fosse a única é necessária solução" para resolver os problemas do país.

Ainda antes, quando já disputava a liderança do partido, o PS apresentou um projecto onde defendia um debate sobre a renegociação da dívida, distanciando-se assim do Manifesto dos 74, que defendia a reestruturação e que contava com a assinatura de vários socialistas. 

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(noticia actualizada às 16:49 com mais informação)

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