Medina: Economia portuguesa cresce acima da Zona Euro em 2022
O ministro das Finanças, Fernando Medina, destacou nesta sexta-feira que a economia portuguesa deverá crescer mais do que a Zona Euro tanto neste ano como no próximo, respondendo assim às previsões da Comissão Europeia, que esperam um menor crescimento do PIB do que o Governo.
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"Perante os dados de que dispomos, Portugal está em condições para voltar a ter uma economia com melhor desempenho", dos países da zona euro este ano, frisou Fernando Medina. A Comissão Europeia divulgou nesta sexta-feira as suas previsões Outono, apontando para um crescimento de 6,6% da economia portuguesa este ano e de 0,7% no próximo, acima dos 3,2% e dos 0,3% antecipados para cada um dos anos, respetivamente, para a Zona Euro.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 11 de novembro, pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, que está a ser ouvido na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, a propósito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023.
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O ministro tinha deixado esta indicação na sua intervenção inicial, mas voltou ao tema depois de o PSD, pela voz do deputado João Paulo Oliveira, ter criticado o facto de a Comissão estar mais pessimista do que o Governo: Bruxelas estima que a economia portuguesa cresça 0,7%, praticamente metade do previsto pelo Governo (1,3%).
Na resposta, Medina explicou que a "diferença significativa" dos responsáveis europeus face às estimativas do Governo está na procura externa dirigida à economia portuguesa. "Isto é: as projeções para Portugal são diferentes num contexto de grande incerteza por estimativa de maiores dificuldades dos nossos parceiros comerciais. Não é no investimento (os dados são convergentes)".
"Este ano, o nível de crescimento será o maior de toda a Zona Euro, e o maior desde 25 de abril. Não estamos a repor só a recuperação tardia da pandemia. Portugal acabará 2022 a convergir com a União Europeia", disse o ministro.
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Cerca de 90% das famílias já receberam o apoio de 125€
O ministro anunciou ainda que a esmagadora maiora das famílias já recebeu o apoio de 125 euros (mais 50 euros por filho), depois de a Autoridade Tributária ter feito mais de 4,4 milhões de transferências, cerca de 90% do total, num total de 600 milhões de euros devolvido às famílias.
O ministro das Finanças anunciou ainda que além das transferências feitas pela Autoridade Tributária, também a Segurança Social processou cerca de 160 milhões de euros ao apoio de 125 euros (mais 50 euros por filho) pago a quem recebe até 2.700 euros brutos por mês. Além disso, destacou, também já foram transferidos mil milhões de euros referente ao adiantamento de meia pensão em outubro.
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