Sarmento atira para 2027 impactos nas contas da redução do IVA na construção
Apesar de o Governo querer baixar o IVA da construção para 6% no próximo ano, o ministro das Finanças atira apenas para 2027 o "grande efeito" da redução do imposto. Em causa estão as demoras conhecidas na aprovação, pelos municípios, dos novos projetos.
"Nós vamos aplicar o IVA a 6% aos novos projetos entrados nas câmaras e isso acontecerá [só] quando a lei entrar em vigor", disse Joaquim Miranda Sarmento. O ministro respondia à deputada socialista e ex-ministra da Habitação Marina Gonçalves, que queria saber qual é o impacto orçamental da medida no próximo ano.
PUB
"Conhece muito bem o funcionamento das câmaras (...) é uma medida muito importante, mas é de médio e longo prazo", começou por dizer Miranda Sarmento. Por isso, "não vai ter efeitos muito significativos já em 2026, os projetos demoram algum tempo a ter a aprovação e começar a construir", concluiu o ministro, que está a ser ouvido no Parlamento sobre a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2026.
Assim, o governante diz que "o grande efeito vai sentir-se em 2027", devido ao "delay [atraso] na aprovação dos projetos e início de obras".
Na conferência de imprensa para a apresentação da proposta de OE, Miranda Sarmento já tinha atirado pata 2027 o impacto das medidas do pacote habitação do lado do IRS, como a redução do imposto nas rendas moderadas (até 2.300 euros), pela forma como o imposto funciona. Nesta sexta-feira, insistiu no argumento.
PUB
"Se em 2026 tiver rendas consideradas neste pacote, quando chegar a abril, maio (do ano seguinte) e entregar o anexo F da declaração de IRS com esses rendimentos e vai ser-lhe perguntado se quer englobar ou se quer a taxa autónoma", frisou.
"É nesse momento que o valor do imposto pelo englobamento ou pela taxa autónoma é adicionado à colecta do imposto dos outros rendimentos. Em sede de IRS, os impactos orçamentais destas medidas só vão acontecer em 2027", explicou Miranda Sarmento.
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Parlamento Crime lei e justiça Orçamento Impostos Joaquim Miranda Sarmento Marina GonçalvesMais lidas
O Negócios recomenda