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OE 2022: Governo mantém desdobramento de dois escalões do IRS

O IRS passa a ter nove patamares de rendimento a partir do próximo ano, em vez dos atuais sete. Um alívio fiscal para a classe média, destacada já pelo ministro das Finanças, no momento da entrega da proposta no Parlamento.

medina santos silva OE 2022
medina santos silva OE 2022 Alexandre Azevedo
13 de Abril de 2022 às 14:32

A proposta de Orçamento do Estado para 2022 entregue esta quarta-feira no Parlamento prevê que os segundo e sexto escalões do IRS serão desdobrados, tal como estava já previsto na proposta de outubro último, que foi então chumbada na generalidade. O Governo mantém a medida tal como estava prevista e que, segundo então previa, deverá abranger um milhão e meio de agregados familiares.

Assim, em vez dos atuais sete escalões de rendimento, o imposto passa a contar com nove. E até aos 7.116 euros, não há lugar a pagamento de IRS. 

Depois, o atual terceiro escalão, para rendimentos entre 10.732 e 20.332 - a que corresponde uma taxa média de 22,621% - vai dividir-se em dois: um escalão, que passa a ser o terceiro, para rendimentos entre os 10.736 euros e até ao 15.216 euros, ao qual se aplicará a taxa média de 20,1% - e um outro, entre os 15.216 euros e 19.696 euros, a que corresponderá uma taxa média de 22%. Em ambos os casos, a taxa média desce face à que corresponde atualmente ao 3.º escalão. Ou seja, haverá menos imposto a pagar.

O 5.º escalão (que corresponde ao atual 4.º) passa a aplicar-se a rendimentos entre 19.696 euros até 25.076 euros, o que compara com os atuais 20.322 a 25.075 euros. A taxa média, refletindo as descidas nos escalões anteriores, passa de 24,964% para 24,8%.

Nos rendimentos entre 25.076 euros e 36.757 euros (atual 5.º escalão) há também uma redução na taxa média, dos 28,838% para os 28,7%, refletindo, mais uma vez, as mexidas nos escalões abaixo, mas com pouca relevância.

A outra grande alteração é no atual 6.º escalão, para os atuais rendimentos coletáveis de mais de 36.967 euros até aos 80.882 (com uma taxa média de 37,613%), que se desdobra em dois, os 7.º e 8.º lugares na tabela. Assim, quem contabilize mais de 36.757 euros até aos 48.033 mil passa a beneficiar de uma taxa média 32,1%.

Quem estiver no intervalo entre os 48.033 euros e os 75.009 euros reduz a taxa média dos atuais 37,613% para 36,8%.

O último escalão fica destinado a rendimentos coletáveis acima dos 75.009 euros, um valor abaixo dos anteriores 80.882 euros, por forma a que estes rendimentos não acabem a ter também benefícios na sequência das mexidas nos escalões mais baixos - o IRS é calculado por fatias de rendimento, o que significa que qualquer alteração nos escalões acaba por se aplicar a todos. 

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