Medidas do PRR em risco sério de incumprimento atingem 9%
Última avaliação da Comissão de Avaliação do PRR conclui que o número de medidas em estado crítico aumentou para 9%. Hospitais da Grande Lisboa e expansão do metro causam mais preocupação.
Há nove medidas e investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em sério risco de incumprimento, representando agora 9% do total e um aumento face à última avaliação da Comissão de Acompanhamento. Esta é uma das principais conclusões do quarto relatório de avaliação que a Comissão de Acompanhamento do PRR divulgou nesta quarta-feira, 24 de julho. A comissão analisou 103 medidas, iniciativas e submedidas entre novembro de 2023 e junho deste ano.
No entanto, quase um quarto (23%) das medidas é "necessário acompanhamento", 30% delas têm um estado "preocupante" e 9% estão numa fase "crítica". Nestes dois últimos patamares, onde são encontrados maiores problemas de execução, estavam, no relatório de 2023, 24 medidas (21 em estado "preocupante" e três em estado "crítico", representando 23% e 3% do total, respetivamente). Agora, são 40 (das quais nove em estado "crítico"). Já as medidas em estado "crítico" são aquelas cujo "cumprimento dos marcos e metas se identifiquem como muito difíceis de ser cumpridos", quer pela forma como foram definidos, quer pelo desenvolvimento das atividades até ao momento e "que carecem de intervenção de fundo por parte da tutela, do modelo de gestão, ou de redesenho das medidas", descreve a comissão. Investimento em hospitais e no Metro com sérios riscos de incumprimento Entre as nove medidas em estado crítico estão os investimentos nos Hospitais do Seixal, Sintra e Lisboa e a expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa até Alcântara, com a comissão de acompanhamento a sugerir uma renegociação dos prazos. No caso dos investimentos nos Hospitais Seixal, Sintra e Lisboa, a comissão de acompanhamento destaca a "grande complexidade e atrasos identificados", bem como a "necessidade evidente de um acompanhamento por parte da tutela", ou seja, oo Ministério da Saúde. "A probabilidade de incumprimento da meta PRR, face às situações relatadas é real, sendo de acrescentar os riscos que naturalmente devem ser considerados para obras desta natureza e magnitude", frisa a comissão. Nesse sentido, recomenda que "possa ser avaliado com urgência", em conjunto com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal (EMRP), "a necessidade de renegociação das metas associadas, em antecipação ao risco de incumprimento". No caso do Metro de Lisboa, sendo "impossível o cumprimento do prazo", a comissão recomenda a "procura de soluções que mitiguem a situação, sendo necessária uma intervenção rápida" junto da Comissão Europeia. Entre as medidas em estado crítico estão ainda o projeto social 'Acessibilidades 360º', a instalação e/ou modernização dos centros tecnológicos especializados, os investimentos para a transição digital das empresas (Aceleradoras de comércio digital e Bairros Digitais), para a catalisação da transição digital das empresas (Digital Innovation Hubs), para a transição digital na educação, para a melhoria da eficiência energética em edifícios de serviços, e os relacionados com o metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures.
Nestes dois últimos patamares, onde são encontrados maiores problemas de execução, estavam, no relatório de 2023, 24 medidas (21 em estado "preocupante" e três em estado "crítico", representando 23% e 3% do total, respetivamente). Agora, são 40 (das quais nove em estado "crítico").
Já as medidas em estado "crítico" são aquelas cujo "cumprimento dos marcos e metas se identifiquem como muito difíceis de ser cumpridos", quer pela forma como foram definidos, quer pelo desenvolvimento das atividades até ao momento e "que carecem de intervenção de fundo por parte da tutela, do modelo de gestão, ou de redesenho das medidas", descreve a comissão.
Investimento em hospitais e no Metro com sérios riscos de incumprimento
Entre as nove medidas em estado crítico estão os investimentos nos Hospitais do Seixal, Sintra e Lisboa e a expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa até Alcântara, com a comissão de acompanhamento a sugerir uma renegociação dos prazos.
No caso dos investimentos nos Hospitais Seixal, Sintra e Lisboa, a comissão de acompanhamento destaca a "grande complexidade e atrasos identificados", bem como a "necessidade evidente de um acompanhamento por parte da tutela", ou seja, oo Ministério da Saúde.
"A probabilidade de incumprimento da meta PRR, face às situações relatadas é real, sendo de acrescentar os riscos que naturalmente devem ser considerados para obras desta natureza e magnitude", frisa a comissão.
Nesse sentido, recomenda que "possa ser avaliado com urgência", em conjunto com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal (EMRP), "a necessidade de renegociação das metas associadas, em antecipação ao risco de incumprimento".
No caso do Metro de Lisboa, sendo "impossível o cumprimento do prazo", a comissão recomenda a "procura de soluções que mitiguem a situação, sendo necessária uma intervenção rápida" junto da Comissão Europeia.
Entre as medidas em estado crítico estão ainda o projeto social 'Acessibilidades 360º', a instalação e/ou modernização dos centros tecnológicos especializados, os investimentos para a transição digital das empresas (Aceleradoras de comércio digital e Bairros Digitais), para a catalisação da transição digital das empresas (Digital Innovation Hubs), para a transição digital na educação, para a melhoria da eficiência energética em edifícios de serviços, e os relacionados com o metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures.
Mais lidas