Mudanças nos preços das casas e rendas "vão começar a sentir-se" no fim de 2026, diz ministro

Castro Almeida estima que as várias medidas implementadas pelo Governo deverão estimular uma descida de preços.
Mudanças nos preços das casas e rendas 'vão começar a sentir-se' no fim de 2026, diz ministro
Sérgio Lemos
Negócios com Lusa 14:51

O ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse esta quarta-feira que "no final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças" nos preços das casas e nas rendas da habitação, defendendo as propostas do Governo.

"Este assunto demorou anos a agravar-se e vamos demorar, agora, poucos anos a resolvê-lo, mas demora alguns anos, não se resolve de um dia para o outro, mas eu acho que a partir do final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças nos preços das casas e nos preços das rendas", afirmou Castro Almeida à margem do evento Millennium Talks COTEC Innovation Summit, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

PUB

Aos jornalistas, o governante considerou que a crise na habitação é "um problema gigantesco", mas que o Governo "está a responder, também com um conjunto de medidas nunca vistas".

Manuel Castro Almeida estima que propostas como o aumento da oferta de terrenos através da lei dos solos, a redução do IVA na construção e do IRS para quem arrenda casas, a par "do número de casas que o Estado vai construir", deverão estimular esta descida de preços.

PUB

Castro Almeida acrescentou que o Governo vai, ainda, criar uma linha com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para que as câmaras municipais possam constituir lotes em que as pessoas construam as suas casas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em 26 de setembro que o ou, se forem para arrendamento, - um regime fiscal que irá vigorar até 2029.

Por outro lado, a taxa de IVA mínima de 6% vai também aplicar-se "à construção e reabilitação de edificado" para arrendamentos até ao valor de 2.300 euros.

PUB

O índice de preços da habitação aumentou 17,2% no segundo trimestre, acelerando 0,9 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados mais de 10.000 milhões de euros, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). 

Pub
Pub
Pub