Mudanças nos preços das casas e rendas "vão começar a sentir-se" no fim de 2026, diz ministro
O ministro da Economia e Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse esta quarta-feira que "no final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças" nos preços das casas e nas rendas da habitação, defendendo as propostas do Governo.
"Este assunto demorou anos a agravar-se e vamos demorar, agora, poucos anos a resolvê-lo, mas demora alguns anos, não se resolve de um dia para o outro, mas eu acho que a partir do final do próximo ano já vão começar a sentir-se diferenças nos preços das casas e nos preços das rendas", afirmou Castro Almeida à margem do evento Millennium Talks COTEC Innovation Summit, que decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
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Aos jornalistas, o governante considerou que a crise na habitação é "um problema gigantesco", mas que o Governo "está a responder, também com um conjunto de medidas nunca vistas".
Manuel Castro Almeida estima que propostas como o aumento da oferta de terrenos através da lei dos solos, a redução do IVA na construção e do IRS para quem arrenda casas, a par "do número de casas que o Estado vai construir", deverão estimular esta descida de preços.
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Castro Almeida acrescentou que o Governo vai, ainda, criar uma linha com o apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para que as câmaras municipais possam constituir lotes em que as pessoas construam as suas casas.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em 26 de setembro que o Governo vai baixar a taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648.000 euros ou, se forem para arrendamento, com rendas até 2.300 euros (renda moderada) - um regime fiscal que irá vigorar até 2029.
Por outro lado, a taxa de IVA mínima de 6% vai também aplicar-se "à construção e reabilitação de edificado" para arrendamentos até ao valor de 2.300 euros.
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O índice de preços da habitação aumentou 17,2% no segundo trimestre, acelerando 0,9 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados mais de 10.000 milhões de euros, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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