Proposta do Iniciativa Liberal para descer IVA de comida de bebés, afinal foi chumbada

Na confusão das votações do Orçamento na especialidade, uma proposta do Iniciativa Liberal que tinha sido dado como aprovada pelos serviços do Parlamento, foi, afinal, chumbada, com os votos contra do PS, que veio entretanto reclamar.
Lusa
Filomena Lança 11 de Fevereiro de 2020 às 16:48

A proposta de alteração ao Orçamento do Estado apresentada pelo Iniciativa Liberal (IL) e que pretendia garantir a redução do IVA de 23% para 6% para os produtos de alimentação para bebé nos casos em que suportam ainda a taxa máxima de imposto foi, afinal, chumbada pelo Parlamento, porque o PS votou contra. O equivoco resultou de um erro dos serviços do Parlamento, confirmou ao Negócios fonte oficial do IL.

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No final da votação do Orçamento, o partido anunciou que os socialistas haviam viabilizado a sua proposta de alterações e isso mesmo decorria, aliás, da página oficial do Parlamento, onde os serviços tinham já inserido os resultados das votações artigo a artigo.

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Verificou-se, entretanto, que havia um engano. "Num processo complexo, pesado, longo e após dias e horas de trabalho contínuo surgirem erros é inevitável", afirma agora fonte oficial do IL.

 

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"A gravidade que fica é a confirmação da política do PS em recusar baixar impostos, nomeadamente em bens como alimentação infantil e numa medida que iria apoiar diretamente muitas famílias", prossegue a mesma fonte. O Iniciativa Liberal garante que no próximo OE, para 2021, voltará à carga com esta proposta, salientando que a mesma "junta duas prioridades a redução do peso dos impostos e a melhoria de condições para a natalidade" e é "orçamentalmente responsável".

 

A proposta, apresentada no âmbito das alterações ao OE para 2020, era uma das três que o partido viu inicialmente aprovadas durante as votações na especialidade. Em causa, recorde-se, estavam alguns alimentos, sobretudo à venda nos supermercados, que mantêm ainda a taxa de 23% de IVA. "Há um conjunto vasto de alimentação infantil, de potes de fruta triturada, por exemplo, sem aditivos, a que é aplicada taxa máxima. Apesar de ser fruta pura, sem açúcar, e fazer parte da alimentação básica das crianças", exemplificou o partido.

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Além do Iniciativa Liberal, votaram a favor o Chega, CDS, e PCP. Abstiveram-se o PSD, BE e PAN e os socialistas votaram contra.

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