Sindicato dos Impostos defende inquérito a entrevista de Carlos Alexandre

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos mostrou-se hoje convencido de que há matéria suficiente nas declarações do juiz Carlos Alexandre para que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) abra um inquérito já na segunda-feira.
Paulo Ralha
Pedro Elias/Negócios
Negócios com Lusa 17 de Setembro de 2016 às 14:44

"Há ali uma série de insinuações que me parecem graves, sobretudo vindas de um juiz", disse Paulo Ralha, em declarações à RTP 1, acrescentando julgar que a AT, "por si só, com base nesta entrevista, segunda-feira vá iniciar um processo de inquérito".

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Em causa estão declarações do juiz do Tribunal Central de Instrução Carlos Alexandre que, numa entrevista publicada hoje no jornal Expresso, refere que a AT "em virtude de a certa altura ter chegado à conclusão" que a sua declaração de impostos era declarada tardiamente - em Agosto em vez de Julho -, fez comparecer perante a sua mulher uma equipa de inspectores.

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"Um dia explicarei em público, no dia em que quem me quiser sujeitar ao processo criminal e disciplinar que daí advirá. Saber porque é que a Direcção-Geral da Autoridade Tributária decidiu empreender uma fiscalização ao momento em que era liquidado por terceiro funcionários do lote de 60 existentes na repartição e de sete mil existentes na Autoridade Tributária. Um dia explicarei o meu pensamento sobre o procedimento da Autoridade Tributária", disse Carlos Alexandre, recusando a ideia de estar a ser perseguido. "Estou a ser escrutinado pelas autoridades adequadas".

 

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"Um juiz tem todo o poder para mandar ver o que se passa relativamente a essa situação e se julga que foi escrutinado de forma errada deve denunciar essa situação", sustentou Paulo Ralha.

 

Por isso, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos está convencido de que, com base nesta entrevista, a AT vá iniciar, na segunda-feira, um processo de inquérito.

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"O que nós apelávamos é que o processo de inquérito fosse rápido e as conclusões fossem tornadas públicas", concluiu o sindicalista.

 

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