Decisão do Supremo Tribunal do Brasil foi contra o Senado, diz Renan Calheiros
O juiz Marco Aurélio Mello tomou a decisão em resposta a uma acção do partido Rede Sustentabilidade, entendendo que como Renan Calheiros foi constituído arguido na semana passada não pode continuar num cargo da linha sucessória da Presidência da República.
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Em Novembro, o plenário do STF começou a julgar uma acção apresentada pelo mesmo partido, sobre um arguido poder estar na linha sucessória (vice-presidente, presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado), mas o julgamento foi suspenso, porque um juiz pediu mais tempo para analisar o caso.
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Na altura, porém, já tinha sido obtida uma maioria, dado que seis dos onze juízes tinham considerado que um parlamentar que é alvo de acção penal não pode estar na linha sucessória.
Na decisão desta segunda-feira, Marco Aurélio Mello considerou que Renan Calheiros mantém o lugar de senador. Com efeito, a decisão provisória, que se refere apenas ao cargo de presidente da câmara alta do Congresso e não ao de senador, ainda deve ser confirmada ou rejeitada pelos onze juízes do STF, em plenário.
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Em nota, a assessoria de Renan Calheiros informou que o político "só irá manifestar-se após conhecer oficialmente o inteiro teor da liminar [decisão provisória] concedida monocraticamente por ministro [juiz]" e que "consultará os seus advogados acerca das medidas adequadas em face da decisão contra o Senado Federal". "O senador Renan Calheiros lembra que o Senado nunca foi ouvido na acção de descumprimento de preceito fundamental e o julgamento não se concluiu", acrescentou.
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O STF decidiu, na quinta-feira, levar Renan Calheiros ao banco dos réus, por acusação de desvio de dinheiro público. O senador, um homem próximo do Presidente brasileiro, Michel Temer, é ainda alvo de mais onze investigações no STF, sendo a maior parte delas relativas à Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na estatal Petrobras.
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